Laços de amizade mudam vida de diarista
Um convite para ir a um estudo bíblico feito pela vizinha deu início a uma nova fase na história de Ana
Por Anne Seixas
De acordo com o Dicionário Michaelis, a palavra renovar significa "tornar(-se) novamente como se fosse novo; modificar(-se) para melhor". O Congresso de Mulheres organizado pela Igreja Adventista no Norte do Pará usou o tema "Renova-me" para levar cerca de 3.600 mulheres à reflexão nos dias 2 e 3 de junho.
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Ana Hilda Silva veio de Cametá, a 652km da capital paraense, para passar pela mais importante cerimônia das religiões cristãs: o batismo. Ela conheceu a Igreja Adventista do Sétimo Dia por meio de um convite de sua vizinha, Elizabeth Barros. Era uma quarta-feira quando a nova amiga sentiu a vontade de ter a companhia de Ana no estudo bíblico que estava sendo oferecido na igreja local.
"Eu me lembro que eu já gostei de cara", conta Ana. Na época, ela trabalhava aos sábados. Ao passo que os estudos bíblicos foram se aprofundando, a diarista entendeu que deveria conversar com o patrão sobre ser liberada nesse dia. "E eu me entreguei mesmo, de corpo e alma", afirma. Ela ressalta ainda que o fato de ter feito amigas na igreja foi fundamental para a sua decisão ao lado de Cristo.
Elizabeth completa ainda que, além dos cultos regulares, convidou Ana para os chás com as amigas, que aconteciam às quintas-feiras. Isso fortaleceu o relacionamento entre elas e outras mulheres que frequentam a Igreja Adventista na cidade.
Multiplicação
Entre os palestrantes estava o médico Elias Nascimento, ginecologista e obstetra. Ele falou sobre a formação biológica de homens e mulheres, além dos fatores comportamentais da sexualidade. Segundo a professora Rejane Godinho, líder do Ministério da Mulher no Norte do Pará, o objetivo é que as mulheres saiam deste evento renovadas em todos os aspectos da vida. "Eu me sinto muito agradecida e a minha expectativa é que essa corrente multiplique", afirma Rejane.
A blogueira Emanuelle Sales, que escreve o Bonita Adventista, destaca que, quanto à autoestima, "uma mulher que se reconhece é menos enganada". Segundo ela, quem não tem segurança em sua própria imagem e personalidade tende a acreditar em toda e qualquer crítica que outros façam a seu respeito. Para mudar essa realidade, "é preciso mudar esse tabu de que tudo que é fora do padrão é errado", orienta.