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Limões abrem portas para o evangelho em vilarejo na Indonésia

Após um milagre envolvendo o suco da fruta, moradores se interessaram em conhecer mais a mensagem que dois missionários traziam ao povoado


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Por Ceren Wuysan, com texto de Andrew McChesney, da Adventist Mission

Ceren Wuysan em reunião com a Adventist Mission na Universitas Klabat, onde cursa Teologia. (Andrew McChesney / Adventist Mission)

"O avião da missão deixou a mim e a meu amigo aos pés da montanha, em Papua, Indonésia. Fomos à cidade para fazer algumas compras de última hora antes de subirmos a montanha para iniciar nosso ano como estudantes missionários. Não tínhamos muito dinheiro, mas vimos algo que queríamos no mercado principal: um saco com limões. Amávamos limões e sabíamos que não iríamos encontrá-los na montanha.

Duas semanas depois, estávamos na vila da montanha de Tinibil, incertos de como falar sobre Jesus. Havíamos recebido treinamento na organização Movimento 1000 Missionário, que nos enviou à vila, mas não sabíamos como fazer os moradores locais se interessarem pelo evangelho. Lembramos do nosso treinamento, que nos ensinou que quando não soubéssemos o que fazer, orássemos. Então, oramos.

Certo dia, enquanto caminhávamos entre os povoados, um homem da nossa vila nos pediu para vermos seu parente, o Marius. Fomos à sua casa e lhe perguntamos o que lhe provocara a cegueira, dois anos atrás. “Não sei”, ele disse, meneando a cabeça. “Aconteceu subitamente”. Os outros moradores, porém, não tinham dúvidas sobre o que provocara a cegueira: eles culpavam os espíritos malignos.

Marius e sua família rogaram por ajuda. Pediram remédio e orações. Meu amigo e eu não sabíamos o que fazer. Voltamos para casa e oramos: “Senhor, se este é o caminho para darmos início à nossa obra missionária, por favor, realize um milagre”.

Lembramos do saco de limões que havíamos comprado. Não éramos médicos, mas sabíamos que o limão tem propriedades medicinais. Então, na manhã seguinte, retornamos à casa daquele homem, levando os frutos. Partimos um limão pela metade, oramos, esprememos algumas gotas do suco em seus olhos e oramos novamente. À tarde, voltamos para vê-lo e repetimos todo o processo.

Fizemos isso a cada manhã e tarde por uma semana. Nada acontecia e pensamos em desistir. Mas, depois da segunda semana, Marius nos contou que conseguia detectar a luz, pela primeira vez, em dois anos. Ficamos animados e oramos ainda mais!

Depois de um mês, Marius conseguia enxergar um pouco. Nesse mesmo dia, os limões acabaram. Não falamos para ele que não tínhamos mais limões, apenas lhe dissemos: “De agora em diante, temos um novo tratamento: iremos apenas orar”. Nós nos encontrávamos duas vezes por dia para orar com o ele.

Várias semanas depois, o encontramos olhando para um campo perto de sua casa. Ele caminhava livremente. Podia ver! Ele contou que não enxergava bem, mas que podia ver o suficiente para viver uma vida normal.

Marius transbordava de alegria, e relatou aos outros moradores que Jesus havia restaurado sua visão ao combater os espíritos malignos. Isso abriu portas para que compartilhássemos o evangelho. A notícia sobre o milagre se espalhou pela montanha e as pessoas começaram a nos contatar pedindo orações e ajuda médica. Elas insistiam em nos chamar de “pastor” e “doutor”, embora não fôssemos. Pediam estudos bíblicos. Essa foi uma resposta à oração. Sete pessoas foram batizadas.

Obrigado por suas ofertas missionárias, que ajudam a propagar o evangelho nos cantos mais distantes do mundo, até mesmo no topo de uma montanha na Indonésia!"


Ceren Wuysan, 27, serviu como estudante missionário em 2016. Atualmente cursa Teologia na Universitas Klabat, próximo de Manado, Indonésia.

Observação: Não use o suco de limão como remédio para os olhos!