Juventude das igrejas  adventistas Morada e Delfino Magalhães, realizaram na noite deste sábado e madrugada de domingo em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, o projeto Impacto Esperança junto as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Para Naasson Ribeiro, um dos líderes da ação, é preciso se fazer um convite para uma autoanálise enquanto cristãos, segundo ele, é um chamado "para que não sejamos exclusivistas".

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“Nosso Pequeno Grupo da Comunidade Adventista Morada teve o desafio de impactar a vida daquelas pessoas que vivem à margem da sociedade, como por exemplo, os moradores de rua. São pessoas que a sociedade despreza, que a esperança já ruiu”. Encontramos pessoas que vivem com nomes fictícios para fugir de uma dura realidade, pois não conseguem aceitar a si mesmo. Grávidas que nem mesmo sabem o que fazer com 'mais esta' criança. Outra que era cantora e compositora que conseguia falar com a alma”, pontua com emoção.

Livros e kits

Naasson afirma que a vida dessas pessoas foi impactadas pela entrega de um livro, um kit de higiene pessoal e alimento preparado com carinho pelos jovens.

“A igreja não está nas quatro paredes, é fácil ser adventista vivendo com adventistas, porém a igreja de Cristo ela não se concentra sobre alicerces de alvenaria, reside nos corações daqueles que se propõem a continuar a grande obra que um dia Ele mesmo começou”, argumenta.

Para o pastor Rone Ferreira,  responsável pelo distrito pastoral central de Montes Claros, elogiou a iniciativa da juventude e afirma foi um momento marcante para todos os participantes.

“Uns têm esperança de trocar de carro/casa, outras tem esperança em receber um prato de comida, sabonete, e uma mão amiga para sair dos vícios. Saí de lá, com minhas esperanças renovadas e tendo a esperança de ser mais humano, entendendo que eu posso ser a esperança que eles tanto querem”, frisa.

Já Fagner Dias, afirma que a ação “saiu melhor que o esperado”. Salienta que ao entregar o livro, foi entregues também esperança para tantas pessoas que vivem em vulnerabilidade social.

Yasmin Kelly também participou da ação e acredita que o Impacto Esperança é uma forma de recuperar essas pessoas, mostrar que elas são importantes, que Deus não as abandonou.

“É literalmente levar Deus a elas", sintetiza.

Julio Salomão, organizador, afirma que a juventude foi “ igreja for a das quatro paredes” através da ação. Lembra que os participantes abriram mão de alguma atividade social na noite de sábado, e fizeram a diferença às pessoas que vivem margem da sociedade.

“A minha impressão mais forte foi ver pessoas abrirem mão de outros compromissos para estenderem a mão para outras pessoas que vivem à margem da sociedade. Isso foi feito com muito amor e carinho. Não houve preconceito, e sim empatia. Nossos jovens ouviram várias histórias e sensibilizou o coração de cada participante. Foi uma experiência forte e marcante para todos", concluiu.