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Iniciativa feminina dá início à evangelização de bairro sem adventistas

Iniciativa feminina dá início à evangelização de bairro sem adventistas

Durante uma semana, cerca de 45 pessoas foram ao local para receberem atendimento social e estudos bíblicos


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Por Laís Santana

No primeiro dia, somente três pessoas participaram da reunião, mas isso não desanimou Jaqueline (de branco ao centro da foto) [Foto: Arquivo Pessoal]

Há pouco mais de um ano, Jaqueline Pereira, 43 anos, assumiu o compromisso de ser uma mulher evangelista. Esta vontade surgiu quando passou a atuar no Ministério da Mulher da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Tamoios, em Cabo Frio, Rio de Janeiro. Ela, que sempre gostou de trabalhar com evangelismo desde sua conversão, via no trabalho com as mulheres uma oportunidade especial de falar do amor de Deus. Ainda quando frequentava uma igreja de outra denominação, Jaqueline já atuava no departamento dedicado ao público feminino, mas foi depois de se tornar membro da Igreja Adventista, há três anos, que ela encontrou suporte para colocar em prática seu desejo de evangelizar e atender as necessidades das pessoas ao seu redor. Em seu primeiro ano como líder do ministério voltado as mulheres, Jaqueline participou de treinamentos e encontrou na região onde mora o local ideal para colocar em prática tudo o que aprendeu.

“Sempre gostei do trabalho de evangelismo. Para mim, o trabalho da igreja é na rua, é sair para ganhar almas. Esse é o pensamento que carrego e tento passar para às mulheres da igreja”, revela. Foi isso que a motivou a dona de casa a iniciar um trabalho mais efetivo em Gargoá, comunidade carente localizada próximo à igreja.

Desde maio, o departamento do Ministério da Mulher passou a desenvolver ações na localidade, começando com a distribuição de kits de higiene pessoal para as mães. Em seguida, com apoio de toda igreja, foi realizada à distribuição dos livros do Impacto Esperança, mas as ações não pararam por aí. Foi na semana de 2 a 9 de junho, que as ações se intensificaram com a semana de evangelismo do Ministério da Mulher. Os encontros aconteceram em uma loja alugada e tudo foi feito para atender todas às necessidades de quem visitava o local.

Moradores do bairro foram atendidos com corte de cabelo, distribuição de roupas e materiais didáticos [Foto: Arquivo Pessoal]

“Conversando com a minha equipe, decidimos fazer o evangelismo fora da igreja. E escolhemos fazer na comunidade de Gargoá porque sabemos da necessidade efetiva, espiritual e material daquela local. No começo foi difícil negociar o espaço porque o dono estava irredutível em alugar, mas conseguimos convencê-lo depois de mostrar o que queríamos fazer pela comunidade. No primeiro dia tivemos três pessoas participando, mas isso não nos desanimou e Deus mostrou que estava no comando de todas as coisas, pois terminamos a semana com mais de quarenta e cinco visitantes. Todos os dias, adultos e crianças estiveram conosco e todo o esforço foi recompensado”, conta.

No local foram distribuídas peças de roupa e material didático para às crianças, também foram feitos cortes de cabelo, e claro, o estudo da palavra de Deus diariamente. O trabalho realizado pelas mulheres impressionou o proprietário da loja que antes não queria alugar o espaço, fazendo com que ele cedesse sem nenhum custo para que as atividades possam continuar. “Ali nós falamos de um Jesus que é indispensável, o que fez com que as pessoas abrissem as portas de seus corações e de suas casas também. Queremos continuar o trabalho porque muitas vidas precisam ser alcançadas e resgatadas. Eu sinto um chamado de Deus se cumprindo na minha vida. Não tinham dimensão de como seria o desafio com o Ministério da Mulher, mas tudo tem sido muito além do que eu poderia imaginar. Eu me sinto realizada de poder proporcionar isso para outras pessoas, principalmente, outras mulheres”, conclui.