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Amizade feita no escritório da igreja transforma história de funcionárias

Amizade feita no escritório da igreja transforma história de funcionárias

O brilho no olhar de um auditor ao falar da volta de Jesus foi o começo de uma história com um desfecho muito especial.


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“Eu não sei por que, mas deixei de trabalhar no INSS e preferi um estágio na sede administrativa da Igreja Adventista”, essa frase da bacharel em Direito Juliany Cançanção, é o começo de toda a história que narra o encontro dela com Deus.

Daiane e Juliany (à direita) com os colegas do escritório: Alyson, Maick, Reltiman e Tallita, à época em que iniciaram o estágio na sede administrativa da Igreja no MS.

Em cada estado há sedes que administram a Igreja Adventista do Sétimo Dia e essa organização empresarial se estende por todo o mundo. É comum que nesses escritórios trabalhem pessoas diretamente ligadas à fé adventista, por tornar, inclusive, mais fácil o próprio trabalho desenvolvido com as igrejas. No Mato Grosso do Sul, no entanto, houve uma exceção. Ou melhor, duas. “Na época, ao mesmo tempo em que fui chamada para um emprego no Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS, com um bom salário e um plano de carreira, também recebi a proposta de um estágio na ASM (sede da igreja). E não sei explicar porque de ter aceitado o estágio ao invés do emprego num órgão público, mas acredito que antes mesmo de eu ter planos pra mim, Deus já tinha e decidi aceitar isso”, conta a jovem de 25 anos.

Na mesma época em que Juliany começou a trabalhar no escritório da igreja, a universitária Daiane Fernandes, recebeu a mesma proposta de estágio e tornou-se companheira de trabalho de Juliany. Ambas tinham em comum a curiosidade pela Bíblia e o fato de já terem frequentando algumas denominações protestantes, mas ainda não terem encontrado respostas para perguntas que carregavam há muito tempo. “Eu perdi minha mãe muito nova, aos 19 anos, no mesmo período em que entrei na associação e, além de encontrar forças nos meus familiares eu encontrei consolo na minha segunda família ali dentro”, lembra Daiane, referindo-se à amizade construída com os colegas adventistas.

Daiane batizou-se em dezembro de 2016 após voltar a trabalhar na ASM.

Apesar das diferenças nos costumes entre os demais funcionários e elas, o que mais chamou a atenção das jovens foi outro detalhe. “Até trabalhar ali eu não sabia o que significava ser adventista. Eu já tinha ouvido algo a respeito da igreja, mas não conhecia a fé profundamente. Mas ali, toda a equipe era sempre muito solícita e disposta a nos tirar as dúvidas sobre a Bíblia e foi esse diferencial deles que me chamou a atenção e aumentou minha vontade de fazer parte daquele povo”, explica Juliany.

E foi através da amizade com um desses colegas de escritório, o auditor Aldo Koch, que elas começaram a descobrir mais sobre o amor de Deus. “Eu pensava: Nós somos o escritório administrativo da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Mato Grosso do Sul, porque não estudar a Bíblia com elas. Já pensou? Elas desenvolverem suas atividades profissionais com a gente e nós não falarmos de Jesus? Tem coisa errada’ Então, falei com o superior delas e ele autorizou. Passamos a estudar a Bíblia toda sexta-feira e valeu muito a pena”, enfatiza.

Juliany batizou-se há um ano, após casar com seu namorado. Hoje, ela espera seu primeiro filho, fruto do seu relacionamento com o marido Rodrigo.

Foi assim, pouco a pouco, através dos encontros semanais e da amizade e cuidado que o Aldo tinha com as jovens que uma descoberta foi feita. “O estudo bíblico despertou minha fé de que um dia eu poderia ver minha mãe de novo, de que tudo nessa terra é passageiro e foi o Aldo, com sua amizade, que me trouxe pra mais perto de Deus”, emociona-se Daiane.

Para Juliany, o sentimento é parecido. “Eu não consigo descrever o que o Aldo significa pra mim, nem achar palavras para agradecer o que ele fez por mim. A convicção que ele tem ao falar de Cristo eu nunca vou esquecer e a maneira como ele cuidou de mim e da Daiane, me mostrou que ele queria o nosso bem e se esforçou para apresentar Deus a nós”, conta, em meio às lágrimas.

Juliany casou há um ano e meio e logo em seguida, batizou-se. Hoje, ela está grávida de seis meses do seu primeiro filho. “Eu espero que o Bernardo (bebê) cresça na igreja, conhecendo a verdade, para que lá na frente por mais que ele possa se desviar – o que eu espero que não aconteça -, ele saiba que Deus o ama e é isso que fará toda a diferença na vida dele”, reflete.

Aldo emociona-se ao falar da volta de Jesus, pois espera reencontrar seu pai, que o ensinou a fé que ele compartilha com as pessoas.

Daiane batizou-se em dezembro do último ano após voltar a fazer parte do escritório. “Venceu o prazo de dois anos do meu estágio e fui trabalhar em outro local. Mas não era a mesma coisa e eu sentia muita falta dos amigos que fiz na associação e de tudo de bom que aquele lugar me trouxe. Então, recebi a proposta para voltar a trabalhar lá. Quando voltei ao escritório já sabia que queria me batizar”, lembra.

Para Aldo, responsável por ajudar a transformar a história de duas colegas de escritório em pessoas que buscam a eternidade com ele, falar de Cristo tem um exemplo e motivo particular. “Faz nove anos que meu pai faleceu e eu tenho muita saudade dele, porque meu pai foi um homem muito cristão, que estudava a Bíblia com os vizinhos e percorria muitos quilômetros de bicicleta para falar de Jesus às pessoas. Quando eu vou estudar a Bíblia com alguém não tem como deixar de falar da volta de Jesus e da oportunidade que vou ter de reencontrar o meu pai, e isso me emociona”, revela.

Os estudos bíblicos aconteciam semanalmente, às sextas e a amizade e o carinho construídos ali dentro ajudaram as jovens a tomarem a decisão de viver uma vida diferente.

Ele lembra que mesmo em meio à correria do dia a dia e à rotina que parece não ter pausa, sempre há uma brecha para fazer o que há de mais importante nessa vida. “Falar de Jesus para as pessoas não é só estudar a Bíblia. Você pode orar com ela, mandar uma mensagem, ouvi-la, se fazer presente de alguma maneira que a pessoa necessite, isso é o que faz toda a diferença”, conclui. [Equipe ASN, Rebeca Silvestrin]