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Escolas Adventistas adotam aulas híbridas no retorno escolar

Retomada se deu com 35% dos estudantes em aulas presenciais em esquema de rodízio.


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Ana Júlia está no terceiro ano do Ensino Fundamental e aguardava ansiosamente o dia de voltar para a escola (Foto: Arquivo Pessoal).

Aos 8 anos de idade, Ana Júlia estava ansiosa para voltar à escola. Depois de meses sem ver os colegas, finalmente teria a chance de cumprimentá-los pessoalmente, mesmo que de longe. A aluna do terceiro ano do Ensino Fundamental do Colégio Adventista de Vila Matilde, na região leste da capital paulista, vestiu seu uniforme, estampou um sorriso largo no rosto e saiu de casa feliz para viver o dia tão aguardado. “Ela acordou e disse que seu coração estava na boca de tão ansiosa que estava para retornar”, menciona Tatiana França, mãe da aluna.

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Alunos receberam orientações sobre o distanciamento social (Foto: Equipe CAVM).

Aulas híbridas

Assim como Ana Júlia, mais de 4.500 estudantes das sete unidades escolares da Rede Adventista de Educação das regiões leste e norte de São Paulo, capital, retornaram às aulas remotamente na semana passada, dia 26 de janeiro. As aulas híbridas, no entanto, começaram a ser lecionadas na escola a partir da última segunda-feira, 1 de fevereiro, com apenas 35% da capacidade escolar, conforme deliberação 177/2020 do Conselho Estadual de Educação e autorização da Prefeitura de São Paulo.

O escalonamento dos estudantes foi adotado. Parte deles acompanha as aulas remotamente enquanto dois grupos revezam semanalmente a presença na escola, conforme autorização dos pais ou responsáveis, mediante uma pesquisa realizada antes do retorno às aulas.

Segurança e prevenção

Nas unidades, a recepção dos alunos foi calorosa, mas segue todos os protocolos de segurança e prevenção contra a Covid-19. A aferição de temperatura é obrigatória na entrada dos estudantes, que higienizam as mãos com álcool em gel assim que chegam à escola. Também há álcool em gel nas salas e em pontos estratégicos das unidades escolares, que passaram a intensificar a limpeza dos ambientes. Nas salas de aula, há demarcações para manter o distanciamento entre os estudantes. O professor dá atenção aos alunos presentes e aos que acompanham de casa, remotamente. O uso de máscara é obrigatório e cada estudante leva sua garrafa de água para evitar o uso dos bebedouros.

Para Maria Regina Barrozo, diretora do Colégio Adventista de Vila Matilde, os primeiros dias de aula no novo modelo de ensino-aprendizagem estão sendo prazerosos. “Uma escola sem alunos não é uma escola. Aqui faltava brilho, cor, e nossos alunos estão trazendo tudo isso. Esse retorno às aulas superou positivamente nossas expectativas. Deus esteve conosco o tempo todo”, relata.

Direção de escola visitou salas de aula para verificar segurança dos estudantes (Foto: Equipe EAEG).

Expectativas atendidas

Segundo a diretora da Escola Adventista de Engenheiro Goulart, no leste paulista, Silvana Luongo, a unidade se preparou com antecedência para receber os alunos. “Decoramos um ponto da escola para que os responsáveis pudessem tirar fotos com as crianças, para que também pudessem participar desse retorno. Durante as aulas, a direção da escola passou em todas as salas e perguntou se os alunos estavam se sentindo seguros, se estava tudo bem. A resposta foi unânime: sim. Os pais estão participando bastante nas redes sociais, envolvendo-se em nossas postagens de fotos desses dias. Os professores estão adaptados à nova rotina. Estamos bem felizes”, pontua.

As unidades equiparam todas as salas de aula com estrutura de transmissão para beneficiar os alunos que acompanham remotamente. De acordo com a professora Bete Marinho, diretora da Escola Adventista de Vila Matilde, unidade Kids, tudo está saindo conforme o planejado. “Em nosso primeiro dia de aula já estávamos equipados. Preparamos uma estrutura com câmera, tripé e computadores, cada sala de aula transmitindo em tempo real”, explica.

Já o pastor Eduardo Onishi, diretor do Colégio Adventista de Vila Nova Cachoeirinha, no norte paulista, destaca que a ausência dos estudantes na unidade causou “um buraco negro existencial na rotina, além de um vazio emocional”. “Neste ano, quando as autoridades governamentais decretaram a volta das aulas híbridas, isso gerou um insight, um start de motivação e expectativa que resultou em treinamentos e preparativos para recepcionar os nossos queridos alunos. Ao vermos as crianças chegando ao colégio, notava-se no semblante deles uma felicidade imensa. Nos adolescentes percebia-se uma atmosfera de segurança em estar na companhia dos colegas e dos professores. E a rotina mudou! Professores e funcionários estão de volta no ritmo acadêmico atuando a todo vapor, e as horas do dia se tornaram imperceptíveis. Em suma, em meio às crises pandêmicas e econômicas, as orações diárias têm alcançado o Céu, e Deus tem nos abençoado”, conclui o líder.

Veja mais fotos sobre o retorno às aulas na Rede Adventista de Educação das regiões leste e norte da capital paulista: