Desde 2019, o Colégio Adventista Boqueirão (CAB), em Curitiba, no Paraná, desenvolve um projeto de horta urbana com alunos do 1^o ano do ensino médio. Neste ano, eles plantaram e colheram 400 alfaces. Todo o processo foi resultado das aulas de geografia e ensino religioso.

Os estudantes participaram ativamente das etapas e viram na prática o que aprendiam em sala de aula. "Quando você transforma a teoria em prática, eles se interessam e compram a ideia", explica o professor de Geografia, Luiz Halama.

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Como o conteúdo de geografia do terceiro e quarto bimestre do 1^o ano envolvia agricultura, o projeto proporcionou que os conceitos da disciplina e de outros tópicos fosse vivenciada além da teoria. "Conseguimos rever conteúdos importantes, como condições de solo para produção agrária, questões climáticas, estações do ano e como interferem na produção de alimentos na região sul do Brasil", detalha Halama.

A horta criada por alunos do ensino médio da instituição começou suas atividades em setembro. Em novembro tiveram a oportunidade de colher e distribuir as hortaliças em lares de idosos. "Houve um esforço de cada um de nós, tudo isso em prol de um objetivo: ter essa horta linda", relata o estudante Afonso Simião.

Da sala de aula para a aplicação prática

A horta também proporcionou aplicações nas aulas de ensino religioso. "Trabalhamos principalmente as parábolas. Mas tiramos várias lições na questão espiritual e como Jesus usava a natureza para ensinar verdades espirituais no contexto que viveu", afirma o pastor Renato Telles, capelão do colégio.

O projeto saiu da escola e refletiu na sociedade. "Eles colocaram a geografia na prática, e outro ponto importante é o social. Eles estão aqui atuando desde o início do processo e agora compartilham com a sociedade", pontua Pierre Belo, vice-diretor do CAB.

Na entrega, os alunos demonstraram alegria e satisfação em fazer o bem ao próximo com algo que foi fruto de seu próprio esforço. "A gente regou e trabalhou todos os dias e hoje fomos distribuir nos lares", amplia o estudante Lorenzo Lopes.