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Alunos pedem que amigos neguem o desafio “quebra-crânios”

"Brincadeira" que se tornou viral na internet pode causar traumatismo craniano e levar à morte.


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Estudantes querem promover a amizade e as brincadeiras saudáveis. (Foto: Davner Toledo)

Uma nova brincadeira, disseminada principalmente nas escolas, chamada de “quebra-crânios”, está causando preocupação entre pais, educadores e profissionais de saúde. Nela, três pessoas ficam lado a lado. Enquanto a do meio, desavisada, pula, as duas das pontas aplicam uma rasteira, causando sua queda. Pensando em fazer um alerta, um grupo de alunos do Colégio Adventista de Vitória lançou um desafio para que amigos digam não à “brincadeira”.

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Esther de Oliveira, de 13 anos; Sara Silveira de Melo Moura, de 12 anos e Nicolas Eduardo Freitas Goulart, de 13 anos, se uniram no corredor da unidade escolar e gravaram um vídeo para estimular as pessoas a negarem o desafio e valorizarem a vida e as amizades.

Assista ao vídeo:

Gravidade

Em entrevistas à imprensa, profissionais de saúde explicam que dependendo do grau que a cabeça se inclina na hora da queda, pode fletir (dobrar) e esse movimento causar a compressão da vértebra, levando à fratura da coluna, o que pode deixar a pessoa paralítica e até levar a morte. Veja aqui uma das reportagens.

Dicas para prevenção

A psicopedagoga Maria Tereza Samora explica que a internet está cheia de brincadeiras realmente perigosas. “Esses jovens praticam ações que visam descobrir o limite do seu próprio corpo, ter sensação de euforia ou sensação de relaxamento. Tudo por motivações de busca em pertencer a um determinado grupo. Quem pratica não tem noção do real perigo que corre. Infelizmente, muitos casos terminam em morte ou sequelas graves”, destaca.

Para ela, é fundamental que as escolas abordem esse tema, mostrando que quem ganha o desafio é quem fica de fora. “Ganha o desafio quem tiver a coragem de dizer não. Essa é a mensagem”, explica. Maria Tereza ainda dá dicas para que os pais ajudem a prevenir as brincadeiras de risco:

DIÁLOGO - Fique atento e procure saber o que acontece na vida da criança/adolescente. Ao perceber qualquer mudança, procure um profissional da saúde.

ORIENTAÇÃO -  Oriente e alerte sobre os perigos dessas brincadeiras. Conscientize-os do real perigo da prática, que vão desde sequelas até morte.

CONFIANÇA -  Construa um espaço de confiança. Se a criança souber de alguém praticando, oriente-o a procurar ajuda.

VIGILÂNCIA -  O monitoramento do conteúdo acessado na internet também é importante como medida protetiva.

ENCORAJAMENTO – Encoraje-os a buscar alternativas saudáveis e a fazer as escolhas certas, sem medo dos julgamentos dos colegas.