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Alunos e funcionários de escolas no ES são treinados para prevenção a ataques de ódio

A capacitação aconteceu em dois dias e reuniu professores, funcionários e alunos das unidades da Educação Adventista no sul do ES.


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Curso aconteceu durante dois dias em Cariacica e Vila Velha e reuniu mais de 100 pessoas entre alunos, funcionários e professores.

Cresce cada vez mais o número de atentados contra alunos em escolas brasileiras, já são 10 só na última década. Em agosto, no bairro de Jardim da Penha, em Vitória (ES), um ex-aluno invadiu sua antiga escola com bombas caseiras, facas e bestas, uma espécie de arma que dispara flechas. O suspeito ameaçou alunos e funcionários e causou pânico para quem estava dentro e fora da instituição. Por sorte ninguém ficou ferido e o suspeito foi levado ao presídio.

A fim de trabalhar com a prevenção e evitar qualquer tipo de ataque por parte de agressores, a ARM, seguradora da Igreja e Rede de Educação Adventista na América do Sul desenvolveu o Curso Alerta. Neste último domingo e segunda-feira, dias 6 e 7 de novembro, cerca de 100 professores, servidores e alunos das unidades da Educação Adventista na região sul do Espírito Santo participaram do treinamento. No domingo, o encontro foi voltado para os colaboradores das três unidades escolares: Ibes, em Vila Velha, Cachoeiro de Itapemirim e Cariacica. Na segunda-feira, o treinamento aconteceu na Escola do Ibes com alunos do Ensino Fundamental.

Colaboradores tiveram aulas teóricas e práticas e ao final do dia receberam um certificado de capacitação. Curso aconteceu em Cariacica.

"O curso tem o objetivo de qualificar alunos e servidores das unidades escolares para a prevenção de ataques contra agressores, visando reduzir e abater qualquer possível situação que gere um desdobramento ou circunstância fatal. Além disso, o treinamento também busca informar profissionais da Rede Adventista quanto às medidas e contramedidas contra o agressor ativo, termo utilizado para referenciar esse tipo de agressor", explica o gerente de Riscos e Prevenção da ARM, João Luiz Oliveira.

O representante da ARM explica que este curso foi elaborado com base em estudos feitos pela própria empresa nos Estados Unidos, onde já é realizado um treinamento intitulado "Atirador Ativo" e ministrado em escolas e associações. 

Para a realização do evento em território nacional, foi necessário fazer algumas adaptações à realidade brasileira: "No Brasil buscamos esse conhecimento na Polícia Militar, Polícia Civil, em empresas capacitadas, que lidam no dia a dia com esse tipo de mentalidade, com esse tipo de comportamento, com esse tipo de aluno", detalha.

De acordo com Felipe Teixeira Gabriel, um dos palestrantes e Diretor da Prime Defense, empresa de segurança que presta consultoria para a ARM, o curso também tem o intuito de conceituar o agressor ativo e fazer a distinção desse agressor para outros tipos de criminosos, o que influencia no tipo de  resposta que deve ser dadas nessas situações. 

"Criminosos comuns buscam algum bem material, enquanto agressores ativos visam fazer vítimas, logo o tratamento das pessoas envolvidas e da polícia devem ser diferentes. Os ataques com agressores acontecem de forma muito rápida, entre 5 a 10 minutos, logo não há tempo suficiente para a polícia chegar ao local. E é isso que fazemos no curso, ensinamos a sociedade civil a se proteger até que a polícia chegou no local e consiga conter o agressor ativo", ressalta.

Aula diferente

Na segunda-feira (07), a palestra foi realizada para os alunos da Escola Adventista do Ibes, em Vila Velha tendo como tema a prevenção com relação ao bullying. Entre os itens abordados, foi destacado o que é o bullying, como ajudar amigos que sofrem algum tipo de bullying, o que fazer e não fazer em situações de emergência além dos alunos aprenderem a fazer um torniquete, para estancar o sangue em situações de atentado.

Alunos aprenderam como usar o torniquete em casos de emergência

Para tesoureiro da Educação e um dos organizadores do curso, Danilo Duarte, a realização desse momento com alunos e colaboradores é de extrema importância pois trabalha a mentalidade da comunidade escolar como um todo. "A gente acha que isso nunca vai acontecer com a gente, mas devemos nos preparar e sempre estar prontos para poder lidar com qualquer tipo de situação", finaliza.