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Economia

Feira de empreendedorismo estimula alunos com ideias inovadoras

Alunos do 5° ano do Ensino Fundamental colocaram em prática o que aprenderam no semestre e realizaram uma feira para comercializar os produtos confeccionados por eles mesmos; outros estudantes possuem empresa própria como fruto do projeto


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A pandemia causada pela Covid-19 trouxe mudanças no âmbito econômico e social. Algumas áreas foram afetadas positivamente, como o caso do empreendedorismo. Ele se apresentou como opção para driblar a crise econômica. Segundo dados disponibilizados pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) realizada em conjunto com o Sebrae, a taxa de empreendedorismo no Brasil bateu recorde, com maior número de novos autônomos nos últimos 20 anos. Estudar sobre suas vertentes é uma das competências desenvolvidas pela Rede Adventista de Educação em Belo Horizonte. A Escola Adventista da Concórdia, em parceria com a Escola Adventista da Pampulha, oferece aos alunos do ensino fundamental o projeto "#bora empreender!", destinado a fomentar a cultura empreendedora no ambiente escolar. 

Durante o bimestre, os alunos colocaram em prática o que aprenderam na competência e realizaram uma feira para comercializar os produtos confeccionados por eles mesmos, como, por exemplo, espetinho de frutas, pipoca colorida, chup chup e amendoim gourmet, bolo no pote, brigadeiro e carteira reciclável.  

O diretor da Escola Adventista da Concórdia, Rafael Elias Gonçalves, explica que a ação teve como objetivo incentivar o empreendedorismo desde cedo e os alunos quem escolheram qual produto comercializar. "Esse projeto é importante pois motiva os alunos à construção de ideias inovadoras, auxiliando a formação de cidadãos críticos, autônomos, transformadores e empreendedores. Em relação aos produtos, eles escolheram qual seria o melhor para desenvolver. A gente ensinou todas as questões de finanças, e eles avaliaram qual teria a maior margem de lucro”, aponta o docente.

Bianca Caroline Coelho Ferreira, aluna do 5° ano, lidera a equipe que vendeu bolo de pote. Sua mãe, Keide Cristina Coelho Ferreira, ficou desempregada durante a pandemia e abriu um delivery de caldos e feijoada. O empreendimento funcionou até ela ser contratada novamente, no entanto, durante este período ela inspirou sua menina. “Bianca observou com minha experiência como se faz um planejamento, cálculo dos custos, a forma de divulgação e como vai ser o atendimento. Para o projeto, estamos apoiando-a com a experiência que eu tive e com as planilhas que usava no meu negócio”, destaca. 

A exposição da feira aconteceu na Escola Adventista da Pampulha e, segundo a diretora da unidade, os alunos demonstraram interesse em todos os processos. “Eu observei que eles são muito empolgados e muito animados, principalmente por dizer que são eles quem estão produzindo algo. Teve dificuldades também, especialmente sobre o que iriam escolher para comercializar, mas, de tudo, eu vi muito aprendizado, muito envolvimento deles e muita animação”, destaca Marina Faria. 

Lucas Abdo Jorge Nogueira, aluno de 17 de anos, participou do projeto quando tinha 14 anos e com a experiência que recebeu na escola montou sua própria empresa, uma produtora de vídeos e fotos. “Além de fundador, eu trabalho como filmmaker, diretor de vídeos e editor. Na escola, aprendemos as divisões de todos os setores de uma empresa e isso ajudou muito a organizar a minha atual, tanto no começo quanto agora. Atualmente, a empresa é composta por mim e mais três pessoas. Cada um tem uma função e às vezes compartilhamos. Aprendemos muito sobre o trabalho em grupo no projeto e isso nos ajuda até hoje”, conta o estudante. 

Histórias como essa confirmam o compromisso que a Educação Adventista tem com o futuro dos seus alunos. O cuidado da com os discentes vai muito além da sala de aula.