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Ministério com nativos tem crescido no Tocantins

Conheça algumas das ações com nativos desenvolvidas nas aldeias,


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Igreja relembra projetos realizados com os índigenas no Dia do Índio

A tradição, a diversidade das pinturas pelo corpo, a riqueza do artesanato, a caça e a pesca para subsistência. São algumas das características comuns aos 13 mil indígenas, organizados em 08 etnias espalhados pelo território do Tocantins. Em meio aos nativos a missão tem avançado e já são mais de 500 índios Adventistas do Sétimo Dia que compõe as 12 congregações existentes nas aldeias.

Mensagem que transforma (Aldeia Rio Sono Ktêkakâ, Xerente)

Jaíne Xerente, 25 e Julimar Xerente, 38, conheceram o evangelho há um ano, desde então, se sentiram impulsionados pelo Espírito Santo a compartilhar. “Após receber os estudos ficamos motivados a repassar para o nosso povo Xerente o que tínhamos aprendido, por isso criamos um pequeno grupo”, revela Julimar Xerente, um dos líderes do povo Xerente da aldeia Rio Sono Ktêkakâ.

As reuniões acontecem de forma quinzenal, os temas vão desde estilo de vida, alimentação até a graça de Deus, os horários para começar são definidos, mas não se tem horário para terminar. “Eles sentem falta quando não tem PG (...) durante os encontros sempre tem alguém com a mão levantada para falar, a gente nem vê o tempo passar”, explica Jaíne. “As crianças também participam, temos até um grupo de louvor com elas (...), já chegamos a ficar até 4h da manhã só conversando e refletindo sobre a palavra de Deus”, complementa Julimar.

Após participar do terceiro encontro do PG, Gelcimar Xerente, 41, compreendeu que de acordo com a Bíblia não deveria consumir bebidas alcoólicas, abandou o vicío e teve sua vida transformada. Além do alimento espiritual, o casal também arrecada e leva doação de roupas, calçados e alimentos a fim de suprir as necessidades físicas, vivendo o discipulado na comunidade.

 

Pioneiros na Missão (Aldeia Salto Kripre, Akwe - Xerente)

Em 2013, Iracy Barbosa, 67, professora aposentada, foi participar juntamente com a equipe de jovens e desbravadores de Paraíso do Tocantins que atendeu a Aldeia Salto Kripe a maior da região com quase 480 pessoas. Durante o projeto o diretor da escola da aldeia conversou com a professora e apresentou os desafios que enfrentavam, Iracy sentiu o chamado para servir em missão. “Muitas crianças chegavam no 5º sem ler, a partir desta serie as crianças tem que ir estudar na cidade o que gerava pânico e medo. Como alfabetizadora senti que meu lugar era ali”, descreve a professora que juntamente com o esposo adotaram a aldeia como lar.

Equipe de calebes de Palmas realiza Missão Calebe em 2019 na aldeia do Funil

Iracy e o esposo passaram algum tempo acampados na aldeia, depois fazendo visitas todos os finais de semanas até que decidiram se mudar para morar com os indígenas. “Eu não queria ir para aldeia e ter uma casa cheia de móveis, sendo que eles não tinham. Fizemos nossa casa igual a deles, para viver como eles e hoje eu me sinto uma Xerente de coração”, conta ela com emoção.

Entendendo a complexidade das demandas do povo Xerente, Iracy buscou parcerias com o Instituto Adventista Brasil Central (IABC) que desde 2015, anualmente, realiza missões temporárias com o povo Xerente e em 2019, construíram uma Igreja Adventista na aldeia. Em 2018, Iracy montou uma equipe de voluntários do Centro Universitário Adventistas de São Paulo (Unasp) que reformaram a escola da aldeia do Funil, distribuíram 5 mil peças de roupas, 180 cestas básicas e 35 próteses dentárias para os idosos.

No ano de 2020, todas as missões foram suspensas em decorrência da Covid 19 e Iracy e o esposo tiveram que se retirar da aldeia. “Voltamos para Paraíso, mas continuamos em missão, dando estudos bíblico para eles via WhatsApp e arrecadando doações”, explica a professora. Durante o período fora da aldeia Iracy montou enxovais para as índias grávidas, confeccionou máscaras para as crianças e conseguiu um caminhão com roupas e calçados. Agora que retornou para sua casa na aldeia, além de dirigir os cultos e estudos bíblicos na linguagem de cada faixa-etária, atendeu mais de 600 famílias do povo Xerente com roupas e calçados e já está preparando um encontro de casais para eles.  “Amo esse trabalho, cremos que essa é a nossa última missão, vamos continuar nos preparando para eternidade ao preparar esse povo!”, finaliza ela com convicção.

Um Ano em Missão (Ilha do Bananal, Karajá)

 A equipe de um ano em missão está desenvolvendo um trabalho missionário na Ilha do Bananal, muitos dos projetos foram adiados, mas mesmo em meio as limitações do período de pandemia, os voluntários continuam ministrando estudos bíblicos e apoiando as atividades do Clube de Desbravadores "Cristo Deodu". “Buscamos seguir o método de Cristo, criando amizade, atendendo as necessidades e apresentando Jesus aos povos originários”, afirma Priscila Barbosa, líder da equipe do OYiM.