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Contribuição de professores vai além da sala de aula

No dia a dia, eles também ensinam valores que não constam no currículo escolar tradicional


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Luís Castro leciona em tempo integral. Além de lecionar na sala de aula, ele também é professor da Escola Sabatina e está sempre disposto a ensinar o que sabe (Foto: Reprodução Facebook).

Brasília, DF… [ASN] Eles ensinam Matemática, Música, Artes, Biologia, Filosofia, Ciências Sociais e uma infinidade de disciplinas e conceitos que acompanham o ser humano em toda a sua trajetória. Uma das profissões mais antigas do mundo, neste sábado, 15 de outubro, comemora-se o Dia do Professor.

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Depois do papel desempenhado pela família na formação do caráter e personalidade de cada indivíduo está a figura do professor, que o acompanha por, pelo menos, 15 anos em sua trajetória acadêmica, considerando o ingresso na pré-escola até a conclusão do ensino superior.

Apenas na rede pública, o Brasil conta hoje com mais de 518 mil docentes, de acordo com dados do Ministério da Educação. Embora não faça parte dessa estatística por atuar em instituições privadas, o professor Luís Cláudio Castro também tem colaborado com o desenvolvimento educacional da população brasileira.

Transformação social

Formado em Administração, ele nem sonhava que um dia se tornaria docente. O convite para lecionar veio em 1993. “Quando entrei na sala de aula, estranhei o ambiente. Mas depois percebi que poderia ajudar no crescimento de outras pessoas”, relembra Castro, hoje com 23 anos de profissão. Destes, 18 foram dedicados a ensinar alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Sempre atuando nas áreas de tecnologia da informação e administração, em 2011 ele passou a se dedicar à docência para o ensino superior em São Luís, no Maranhão, cidade onde vive com a esposa e os dois filhos. E por ser cristão, garante que sua responsabilidade para com os alunos sempre foi ainda maior.

Batizado na Igreja Adventista do Sétimo Dia no mesmo ano em que deu sua primeira aula, de lá para cá ele sempre separa pelo menos uma delas (dentro de cada curso) para exibir vídeos e distribuir folhetos e livros a respeito da Bíblia e do que acredita. “Com jeitinho a gente consegue falar de Jesus e isso é um privilégio. É isso o que essa profissão proporciona. Você vai ter uma convivência curta com os estudantes, mas tem essa abertura para falar de Deus”, esclarece.

Além dessa, uma de suas maiores alegrias é encontrar ex-alunos na rua que o agradecem pela colaboração que deu à sua formação. Atualmente, apenas 16% dos brasileiros tem ensino superior completo e mais de 17 milhões de cidadãos não sabem ler e nem escrever. Por isso, ele sempre vibra ao saber que seu trabalho tem ajudado a minimizar essa desigualdade social.

Recompensa

Ao contrário de Castro, Adivânia Soares sempre sonhou em ser professora, e cresceu dando aulas para a irmã, primos e primas. Portanto, para ela nunca existiu a possibilidade de ter outra profissão. Sua influência, claro, assegura, veio de outra professora que tinha “muita postura, sabedoria e cristianismo.”

Em busca de seu sonho, a mineira entrou na fila da docência duas vezes. Primeiro, cursou Pedagogia. Depois, decidiu se especializar. Foi quando sentiu o desejo de estudar História, cujo diploma recebeu recentemente.

Hoje ela mora em Curitiba, capital do Paraná, e leciona no Colégio Curitibano Adventista Bom Retiro para alunos do 6º ao 9º ano. Sua função, sublinha, é formar cidadãos pensantes, com uma visão analítica e crítica, e levá-los a tornarem-se agentes transformadores da sociedade.

Embora esteja na sala de aula há pouco menos de quatro anos, a recompensa que recebe por seu trabalho está nos pequenos atos e palavras dos alunos, e na mudança que percebe na forma de pensar de cada um deles. “Mas, na minha visão, a maior de todas as vitórias ainda é futura. Sou professora por causa disso”, garante ao se referir à possibilidade de formar pessoas não apenas para este mundo, mas principalmente para a eternidade.

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Adivânia com seus alunos durante uma das aulas de História. Ao fundo, a linha do tempo com a figura de personalidades (Foto: Reprodução Facebook)

“Tenho a oportunidade de fazer parte da história deles e colocar Cristo nela. Essa é a principal função de um professor cristão”, pontua a docente, que tem uma sala temática em que a imagem de Jesus fica ao centro da linha do tempo na qual estão outros personagens conhecidos mundialmente. A disciplina que leciona permite um link quase constante com a Bíblia, o que desperta o interesse dos alunos e os leva a querer saber mais sobre os ensinamentos contidos nela.

Compromisso com o futuro

Desde sua organização, em 1863, a Igreja Adventista sempre destinou atenção especial para a área educacional. Hoje ela mantém 7.792 instituições em 165 países, que incluem 115 de ensino superior; 95.739 professores e 1.864.352 alunos. Apenas em oito países da América do Sul são mais de 20 mil docentes.

Na página 226 de seu livro Conselhos sobre Educação, a escritora Ellen White, uma das co-fundadoras da denominação, escreveu: “A cada professor é dado o sagrado privilégio de representar a Cristo. E ao apegarem-se os professores a isto, podem nutrir a tranquilizadora convicção de que o Salvador está bem ao seu lado, dando-lhes palavras que profiram por Ele, e indicando modos pelos quais possam mostrar Sua excelência.”

É a partir deste princípio que Castro e Adivânia tem feito de seu trabalho um ministério que busca anunciar a seus alunos que a vida na Terra é apenas um capítulo da história e que outros serão escritos na eternidade. [Equipe ASN, Jefferson Paradello]