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Agência humanitária atende a mais de 5 mil refugiados na América do Sul

Trabalho com Seres Humanos é intensificado em todo o mundo por parte de agência adventista


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Projeto da ADRA vai disponibilizar 20 bolsas de estudo integrais para alunos refugiados

 

Brasília, DF ... [ASN] O Dia Mundial do Refugiado, lembrado em 20 de junho, tem um significado especial para a ADRA, a agência humanitária adventista com atuação mundial. Até março deste ano, cerca de 100 mil pessoas nessas condições tinham sido beneficiadas por ações da agência, segundo informou o diretor da ADRA Internacional, Jonathan Duffy.

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Já na América do Sul, atualmente em torno de 5 mil refugiados e pessoas que solicitaram asilo são atendidas pela ADRA, especificamente na Argentina. São povos de 60 nacionalidades diferentes. No Brasil, o projeto Instituto de Desenvolvimento Humano (Base Gênesis), mantido pela Igreja Adventista em São Paulo, tem dado uma contribuição para apoiar cerca de 90 famílias, ou em torno de 400 refugiados, com ações sócio-educacionais.

Conforme o diretor sul-americano da ADRA, Paulo Lopes, “A ADRA na Argentina implementou um projeto piloto de três meses, em 2015, de apoio psicológico especializado aos refugiados. Esse trabalho prevê 109 horas de consultas gratuitas com psicológicos da própria agência. Nesse projeto piloto, foram atendidos refugiados e solicitantes de asilo do Egito, Colômbia, Uruguai, Cuba, Peru, Venezuela, Equador, Haiti, Ucrânia e Nigéria”.

Para os próximos dias, já poderão ser contemplados os efeitos de um convênio firmado entre a agência e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). A ideia é apoiar em torno de 300 refugiados com ações que envolvem transferência de dinheiro para gastos em alimentação e abrigo, atendimento psicológico especializado gratuito e apoio na integração com a comunidade local. O projeto, ainda, prevê disponibilizar 20 bolsas de estudo integrais para alunos refugiados do ensino primário e secundário em escolas adventistas de qualquer parte do país.

Lopes explica que a primeira fase do projeto é de seis meses com custo aproximado em 120 mil dólares, mas a duração total do trabalho deverá chegar a quatro anos com renovação anual do convênio. “Para esta primeira fase o ACNUR vai disponibilizar 70 mil dólares e a ADRA Argentina aporta uma contrapartida equivalente a 50 mil dólares em serviços, espaço físico, etc.”, comenta.

Motivação cristã

O diretor mundial da ADRA, Jonathan Duffy, questionou, em artigo assinado na Adventist Review, que, “como cristãos, cada um de nós deveria ter a obrigação de amar aos nossos irmãos e irmãs, independente das fronteiras que nos separam e das culturas que nos definem”. Duffy relembra o texto bíblico de Mateus 25 onde Jesus faz alusão a pessoas sem roupa, presas ou sem alimento. E convida à reflexão ao afirmar que as pessoas não pensam duas vezes para ajudar alguém mais próximo, porém ele destaca que as necessidades pelas quais passam os refugiados são críticas.

Paulo Lopes, da ADRA sul-americana, explicou que os próprios europeus já foram refugiados em épocas de guerra e que Jesus foi, de certa forma, um refugiado e que o olhar para essas pessoas deve ser de amor. [Equipe ASN, Felipe Lemos]

Veja entrevista com Paulo Lopes, da ADRA: