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ADRA Bangladesh ajuda crianças em extrema pobreza

No país, 65% dos casamentos são de garotas adolescentes ou crianças. ADRA trabalha para mudar isso


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No projeto da ADRA crianças têm a chance de brincar, estudar e se preparar para o futuro

No projeto da ADRA crianças têm a chance de brincar, estudar e se preparar para o futuro

Daca, Bangladesh… [ASN] A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), em Bangladesh, na Ásia, desenvolve diversos projetos para ajudar a população que vive em situação de pobreza e necessidade. O país é localizado ao sul da Ásia, vizinho a índia e ao Myanmar, e tem aproximadamente 160 milhões de habitantes. A religião predominante é o islamismo, com 89% da população, e os cristãos não chegam nem a 1%.

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Alguns dos projetos desenvolvidos pela ADRA atendem a crianças que vivem em regiões de pobreza. Muitas trabalham para ajudar no sustento da família. A situação de pobreza é tão séria que os pais muitas vezes preferem que os filhos estejam no trabalho do que na escola. O pior é que muitas trabalham em situação de risco.

No projeto da ADRA, no entanto, os menores têm a chance de serem crianças, brincar, estudar e se preparar para o futuro. São acompanhadas por um médico, recebem alimentação, e os pais ou tutores são acompanhados e orientados. Na maioria dos projetos as mães recebem cursos de alfabetização, corte e costura e orientações em várias áreas.

Alguns desses projetos atendem também as mães que têm bebês com desnutrição. No projeto, elas levam seus bebês para que recebam uma refeição e são acompanhadas por um médico do projeto.

A ADRA Bangladesh também atua na área de educação e prevenção do casamento de crianças e adolescentes e da violência doméstica. Vários eventos são realizados com encenação de situações corriqueiras que chamam a atenção dos pais e de toda a comunidade para uma reflexão.

Veja um vídeo que fala um pouco do trabalho nesse país:


No país, 65% dos casamentos são de meninas adolescentes ou crianças, e há inúmeras histórias de violência por parte do marido e da sogra após o casamento. Os pais, por sua vez, preferem casar as filhas ainda bem novas para não ter que pagar mais caro pelo dote, já que em Bangladesh os pais da filha é que pagam o dote para a família do genro.

Quando a família não recebe o valor negociado, tempo depois do casamento, muitas dessas meninas sofrem violência e algumas delas tortura e morte. Como quase 90% da população segue o islamismo, e consequentemente a mulher não tem voz na sociedade, resta um árduo trabalho para a ADRA de conscientização da população em relação à dignidade e os direitos da criança, do adolescente e da mulher.

As mulheres recebem diversos treinamentos no país: costura, alfabetização, economia doméstica, higiene, empreendedorismo, agricultura e alimentação. A jovem Salma casou-se aos 14 anos e passou a sofrer violência e desprezo do marido, até ser abandonada e voltar para a casa dos pais, com um filho pequeno. Com o projeto da ADRA aprendeu a costurar, e passou a sustentar a família depois que o pai morreu. [Equipe ASN, da redação, com informações de Adriane Santana]