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Comportamento

Campanha de combate a violência chega às escolas públicas no centro do Rio Grande do Sul

Voluntários fazem palestras, distribuem revistas e apresentam filme que trabalha tema contra a violência à crianças e adolescentes.


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campanha QS Sapiranga CORRETA

Crianças e adolescentes tiveram acesso aos conteúdos do projeto Quebrando o Silêncio de acordo com a faixa etária.

Sapiranga, RS... [ASN] Combater a violência contra crianças, mulheres e idosos é o propósito da campanha Quebrando o Silêncio, que realiza atividades há treze anos em toda a América do Sul. Este ano, ao trabalhar o tema da pornografia e violência sexual infantil, diversos voluntários do projeto na região central do Rio Grande do Sul desenvolveram mobilizações dentro das escolas da rede pública de ensino. O objetivo foi informar e conscientizar alguns dos públicos mais vulneráveis: crianças e adolescentes.

E foi o que aconteceu na Escola Municipal Maria Ruth Raymundo, em Sapiranga, no dia 20 de agosto. Na ocasião, cerca de 300 alunos, divididos de acordo com a faixa etária, aprenderam a proteger-se e a denunciar casos de abuso sexual através de conteúdos direcionados. Além disto, também aprenderam que não devem acessar sites desconhecidos e nem estar expostos a qualquer conteúdo que esteja relacionado à pornografia.

Ao longo do dia, ocorreram quatro programações distintas conforme a idade, e o aprendizado, veio através de palestras, canções educativas, distribuição de revistas para o público adolescente e infantil e, por fim, a exibição do filme O Silêncio de Lara, que aborda a história de uma adolescente que sofre abuso sexual.

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Diretora da escola ressaltou a importância de projetos como este serem trabalhados nas escolas e parabenizou o voluntariado.

Os voluntários já têm feito palestras em diversas escolas municipais e estaduais da cidade, antes mesmo da data do projeto. Rosa Ceconi, uma das voluntárias,  argumenta em torno do propósito de inserção da campanha na rede pública de ensino. “É uma forma de alertarmos as crianças quanto aos perigos que elas estão sujeitas hoje em dia, principalmente ao abandono, abuso, maus tratos... Às vezes, isso acontece dentro da própria família ou comunidade, e elas, ficam constrangidas em falar a alguém. Então, nós vamos até as escolas e alertamos as crianças quanto a estes perigos. É uma forma delas se protegeram, e saberem como podem pedir ajuda”, explica.

Para a diretora da escola, Ana Patrícia Andrioli, a atitude dos voluntários é bastante positiva. “Muito mais do que português, matemática, ou geografia, eu acredito que o ser humano está em primeiro lugar, e nós precisamos desenvolver estas questões. O projeto é muito bom. Estão de parabéns, as pessoas envolvidas, porque realmente é uma iniciativa que traz muito para as crianças, para os alunos, adolescentes, enfim”, destaca.

Os estudantes, desde os pequenos, até os maiores, mostraram compreensão sobre o conteúdo apresentado. “Eu aprendi sobre Deus, também aprendi que temos que dizer não aos estranhos porque muitos deles podem fazer mal para nós”, conta a aluna do quinto ano do Ensino Fundamental, Ana Laura Müller. Já a adolescente Agnes Kunzler, sabe exatamente o que fazer em caso de problemas. “Aprendi que quem sofre com isso precisa ligar no disque 100 e denunciar, por que se a pessoa guardar segredo pode piorar a situação das agressões ou abusos”, enfatiza a aluna do nono ano. [Equipe ASN, Andréia Silva]