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Congresso sobre criacionismo para universitários ocorre em Rio Grande

Evento foi direcionado a adventistas da região sul do Estado.


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13902665_948341055293535_3037293407012579543_nRio Grande, RS... [ASN] Apesar de ser amplamente conhecida, a crença em um Deus que originou a vida e todos os seres que existem no universo não é considerada como válida em qualquer ambiente e menos ainda por qualquer pessoa. Por ser vista como algo mais ligado a religião, a dificuldade que cristãos têm de sustentar essa visão no mundo acadêmico acaba sendo grande, o que incorre até, em dificuldades para a expressão de opiniões sem reação preconceituosa dos demais.

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Nos dias 05 e 06 de agosto, ocorreu um evento direcionado a universitários do sul do Rio Grande do Sul que abordou a relação entre o criacionismo e o ambiente acadêmico. Além de adventistas de Rio Grande, a ocasião contou a presença de pessoas de Pelotas, Areal, Santa Teresinha, Fragata, São Lourenço e São José do Norte. O evento  teve a ministração do professor Marcio Fraiberg, doutor na área de biologia e do pastor Vinícius Cardoso, líder para jovens adventistas do território e apoio da Agremiação Gaúcha de Universitários Adventistas (Agua), com seu representante, Mailson Moraes.

Na visão do professor Fraiberg, há um problema sobre o teor da ciência que é costumeiramente apresentada na sociedade. Para ele, a área não deveria ser encarada como uma verdade acima de qualquer outra, especialmente pelo fato de que quando se trata de previsões, não é possível prová-las em laboratório. “A população acaba por confundir a ciência experimental [aquela do laboratório] com a ciência das previsões, como é o caso da evolução, que não se pode demonstrar empiricamente e explicitar do ponto de vista científico. Assim, a opinião do cientista acaba sendo confundida com ciência na visão das pessoas e fazem com que possíveis modelos, como a evolução, pareçam tão coerentes”, afirma.

Outro ponto analisado pelo professor foi sobre a descoberta de carbono 14 – método utilizado para determinar a idade de fósseis com até 50 mil anos – em ossos de dinossauros, informação que teve bastante repercussão durante o mês de maio deste ano. “As evidências químicas parecem apontar, não para milhões de anos, mas sim, para milhares de anos”, destaca. Para ele, o fato da palavra dinossauro aparecer muito tempo depois da tradução da Bíblia também é um argumento importante para se acreditar que o surgimento das coisas é muito mais recente do que apregoado por cientistas.

O pastor Vinícius Cardoso também reforçou as descobertas arqueológicas envolvendo dinossauros, incluindo as que dizem respeito ao fato de que várias espécies eram herbívoras, em vez de carnívoras. A informação auxilia na validação do relato de Gênesis, onde Deus determinar que os seres terão vegetais como alimento – também referido em algumas versões como erva verde.

Já para Samantha Ávila, mestre na área de história que acompanhou as palestras, ficou evidente a necessidade dos jovens, como um todo, de se prepararem mais para a rotina vivida no mundo acadêmico - não com objetivo de provocar brigas com quem não crê, mas para ter consciência dos porquês daquilo em que acreditam e, se necessário, responder questões com convicção. "Temos a tendência de estudar pouco a palavra de Deus, assim fica fácil se afastar dos princípios - mesmo dos mais "simples" - quando temos professores com muitos argumentos e, então, nos deixamos levar pelo domínio de um deles ou por sua capacidade reflexiva. O que ficou para mim foi a necessidade de a cada dia, enquanto jovens adventistas, nos aprofundarmos nas nossas crenças fundamentais e, por que não, aliando juntamente a elas provas científicas dadas ao homem através das evidências e da sabedoria concedida por Deus", relete Samantha.

O líder regional de Jovens José Evaristo Rossoni, graduando em Engenharia Elétrica, também participou do encontro e explicitou os projetos da região, atribuindo o sucesso em virtude das lideranças estarem unidas espiritualmente e em constante preparo. “É uma alegria ver um grupo de jovens de vários distritos unidos e participando ativamente de um evento com conteúdo como este, para assim estarem mais preparados ao ambiente acadêmico. Fico agradecido ao pastor Florenço por sugerir este assunto tão relevante que é o criacionismo e por ter convidado o professor Fraiberg para abrilhantar nosso congresso”, ressalta Rossoni.

Para Alex Florenço, pastor responsável pelas igrejas adventistas no município de Rio Grande, o evento teve uma função importante na vida de universitários que enfrentam problemas por conta daquilo que acreditam. “Existe uma grande necessidade de abordar temas sobre criacionismo em nosso meio e, no congresso, foi possível identificar o perfil do jovem adventista nas universidades e o conflito que muitas vezes o mesmo enfrenta para ser fiel a Deus diante de tanto ceticismo nos cursos seculares”, conclui Florenço. [Equipe ASN, Willian Vieira]