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Crenças fundamentais dos adventistas: Deus Pai

Os cristãos acreditam na Trindade, que é formada por Deus Pai, Deus Filho e o Espírito Santo. No vídeo dessa semana o pastor Ted Wilson explica todos os detalhes sobre a natureza do Deus Pai e como ele é descrito em toda a Bíblia.


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Saudações, amigos! Hoje vamos considerar mais profundamente sobre a Divindade e sobre quem é Deus Pai. Sabemos que Ele é nosso Pai celestial porque Jesus se dirige a Ele como "Pai" em várias ocasiões, inclusive quando ensinou Seus discípulos a orar, conforme registrado em Mateus 6:9 e 10: "Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu".

Embora esta bela oração implique um convite para um relacionamento muito direto e pessoal com o Pai, alguns veem Deus o Pai como o Deus severo e vingativo do Antigo Testamento, com Jesus como o Deus caloroso e amoroso do Novo Testamento. Mas essa visão é realmente correta?

Nossa terceira Crença Fundamental Adventista do Sétimo Dia afirma o seguinte: “Deus, o Eterno Pai, é o criador, o originador, o mantenedor e o soberano de toda a criação. Ele é justo e santo, compassivo e clemente, tardio em irar-se e grade em constante amor e fidelidade. As qualidades e os poderes manifestos no Filho e no Espírito Santo também são os mesmos do Pai.”

Claro, essa crença é baseada em uma ampla gama de passagens das Escrituras, assim como todas as nossas crenças como adventistas do sétimo dia. Você pode encontrar as passagens bíblicas relacionadas a Deus Pai e estudar mais este tópico em adventistas.org/pt/institucional/crencas.

Agora, vamos considerar por um momento que é o mesmo Deus no Antigo e no Novo Testamento que age pela salvação de Seu povo.

Em Hebreus 1:1,2 nós lemos: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.’

Deus Pai no Antigo Testamento

O Antigo Testamento descreve Deus Pai de várias maneiras. Dirigindo-se a Israel, Moisés se referiu a Deus como seu Pai que os redimiu quando disse: “Não é ele teu pai, que te adquiriu...?” (Deuteronômio 32:6). "sou pai para Israel", Deus disse através do profeta em Jeremias 31:9. "ó SENHOR, tu és nosso Pai," clamou Isaías em Isaías 64:8.

No Salmo 103:13 nos é dada uma imagem maravilhosamente compassiva de Deus: "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem." Em Malaquias, o último livro do Antigo Testamento, Deus declara no capítulo 1, versículo 6, "eu sou o pai." E em Malaquias 2:10, o profeta pergunta: "Não temos nós todos o mesmo Pai? Não nos criou o mesmo Deus?"

Em todo o Antigo Testamento, Deus é reconhecido como gracioso e misericordioso. O "nosso Deus é misericordioso" canta o salmista e afirma que "sua misericórdia dura para sempre" (Salmos 116:5; 100:5). E conquanto Deus seja misericordioso, Sua misericórdia não pode ser exigida ou conquistada. A misericórdia de Deus não perdoa cegamente, mas é guiada por princípios de justiça e santidade. Aqueles que rejeitam Sua misericórdia e perdão vão colher Seu castigo.

No Antigo Testamento vemos um Deus que anseia estar com Seu povo, como indicado em Suas palavras a Moisés: "E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles." (Êxodo 25:8). Ele também é visto como um Deus redentor - o Deus do Êxodo que milagrosamente levou uma nação de escravos à liberdade. Deus Pai não é um Ser distante e desapegado, mas está muito envolvido no que está acontecendo aqui na Terra. Ele pode ser conhecido pessoalmente, como Jó afirmou quando, apesar de suas muitas provações clamou: "Porque eu sei que o meu Redentor vive" (Jó 19:25).

Deus é Refúgio, Fortaleza, Bondade, Fidelidade e Perdoador

Os Salmos estão cheios de referências ao Deus do Antigo Testamento como sendo um Deus de "refúgio". "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações" nós lemos no Salmo 46:1, e "Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em misericórdia e em verdade" (Salmos 86:15).

O Deus do Antigo Testamento também é descrito como um Deus de perdão. "Quem, ó Deus, é semelhante a ti," escreveu o profeta Miqueias, "que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar" (Miqueias 7:18-19).

Que passagem incrivelmente bela e poderosa das Escrituras, descrevendo Deus, nosso Pai Celestial!

Ele é um Deus de bondade, de fidelidade, de salvação e, sim, de vingança. Por exemplo, em Isaías 35:4 lemos: "Dizei aos desalentados de coração: Sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus. A vingança vem, a retribuição de Deus; ele vem e vos salvará." Observe que a vingança de Deus está reservada para os ímpios - aqueles que desprezaram a misericórdia de Deus e recusaram Sua oferta de salvação, embora ela esteja disponível gratuitamente para todos.

Deus Pai no Novo Testamento

No Novo Testamento, Paulo identifica o Pai, distinguindo-o de Jesus, quando escreve: "todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas … e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” (1 Cor. 8:6). Ele também reconhece e adora a Deus Pai quando escreve: "Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra" (Efésios 3:14, 15).

É claro que a revelação mais completa do Pai nos é dada por meio de Seu Filho, Jesus Cristo, que veio em carne humana. O apóstolo João afirma: "Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito … é quem o revelou." (João 1:18). E Jesus mesmo disse: "Quem me vê a mim vê o Pai" (João 14:9).

No que é sem dúvida o versículo mais conhecido de toda a Bíblia, vemos o amor do Pai quando lemos: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16).

Nosso Deus é um Deus que dá. Nosso Deus é um Deus que ama. Nosso Pai, que está no céu, nos ama tanto que deu Seu único Filho para morrer para que um dia pudéssemos nos reconciliar com Ele e desfrutar a eternidade com Ele para sempre. Como o pai na parábola do filho pródigo, Ele espera ansiosamente que retornemos a Ele, desejando colocar Seu manto de justiça ao nosso redor e nos receber em casa. Que lindo exemplo de quem é Deus, Deus Pai, o Pai que nos ama! 

Vamos adorá-Lo ao orarmos juntos agora. Pai nosso que estás nos céus, entendemos ainda mais a importância de que eres nosso Pai, que Tu fizeste tanto por nós e continuas fazendo tudo para nos ajudar a encontrar a salvação completa. Obrigado por enviares Teu Filho Jesus para morrer por nós e viver por nós, obrigado por nos dares o ministério da reconciliação, que é exatamente o que Tu ofereceste ao mundo. Obrigado pelo aspecto maravilhoso que, como nosso Pai, nós podemos ser reconciliados Contigo por Jesus Cristo! Obrigado porque eres nosso Pai e pela promessa de vivermos Contigo, com o Filho e o Espírito Santo por toda a eternidade, tudo por causa do que Tu fizeste por nós! Nós Te agradecemos por nos ouvires nesta oração, em nome de Jesus nós pedimos, amém.


Ted Wilson é o presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.