Mulher restaura brinquedos e doa para crianças em situação de vulnerabilidade
Jandira é voluntária da Ação Solidária Adventista e seu trabalho beneficiou cerca de 200 crianças com presentes de Natal neste ano.
Um ursinho descosturado, uma boneca de vestido rasgado, com o cabelo sujo e despenteado. Esse é o perfil dos brinquedos usados que costumam chegar para a reforma na casa da dona Jandira de Quadros, de 65 anos, moradora de Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba. O lugar parece um verdadeiro hospital de brinquedos. Neste ano, além de restaurar mais de 300 itens, ela também confeccionou toucas, mantinhas e roupinhas de bebê para doar a população carente. “Comecei fazendo as bonecas, comprava as cabeças e fazia. A primeira vez fiz quase 150, mas aí comecei a receber doações e os brinquedos não vinham em bom estado, então eu reformava”, relembra.
No último domingo, 18, ela encaminhou 200 desses brinquedos e 200 kits de doces para a Ação Solidária Adventista-ASA, onde também atua como voluntária. Segundo a diretora da ASA da igreja adventista Central da cidade, Elvira de Oliveira, o trabalho voluntário já era algo que Jandira realizava antes de se tornar adventista, mas se intensificou ainda mais após o seu batismo.
Jandira faz parte de uma equipe de aproximadamente 26 pessoas que atuam o ano todo em prol dos mais necessitados. “Minha vida é tão corrida, mas eu tenho tanta felicidade em fazer esse trabalho e ver o sorriso das crianças”, afirma.
No domingo, além da entrega dos brinquedos para as crianças, cerca de 40 famílias que são assistidas pelo projeto “Mercadinho Solidário, uma iniciativa da ASA, também receberam cestas de Natal. As sacolas, além do básico, estavam recheadas com panetones, bolachas, leite condensado e outras guloseimas. O kit também continha produtos de higiene e limpeza. Tudo isso para deixar o Natal ainda mais especial.
Elvira conta que o mercadinho abre uma vez ao mês para que as pessoas escolham e levem para casa, de graça, os artigos de que necessitam. Ela comenta que o projeto teve início em maio e todos os meses foram um desafio para abastecer as prateleiras com donativos. “Ao longo do mês não tem nada, mas quando vai chegando o dia de abrir, a gente consegue reabastecer, muitas vezes no último dia”, relata emocionada, enquanto atribui o êxito do empreendimento a Deus.