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Norte-americanos desenvolvem trabalho de oração

Norte-americanos desenvolvem trabalho de oração

Movimento de oração em prol de pessoas em situação difícil é o foco da iniciativa de jovens estrangeiros.


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Em Curitiba, um grupo de jovens adventista se uniu à dupla para orar

Em Curitiba, um grupo de jovens adventista se uniu à dupla para orar

Curitiba, PR... [ASN] Eles vieram de longe para chegar em um local com idioma e cultura diferentes das suas. Nos últimos meses, o Brasil foi a moradia dos adventistas norte-americanos Alex Niculaescu, 29 anos, e Levi Longoria, 26 anos, que percorreram doze cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo (os adventistas, inclusive, realizam ações nesse período com o projeto Esperança Brasil). A dupla tem o objetivo principal de orar. A simplicidade da ação surpreende muitas pessoas, porém o motivo para tudo isso vai um pouco além. Há cinco anos, Alex trabalha tentando combater o tráfico humano e a prostituição.

O envolvimento começou em sua própria cidade, Atlanta, sul dos Estados Unidos, e há três anos ele realiza o trabalho internacionalmente. O desejo de fazer algo, diante de uma realidade assustadora, surgiu quando o rapaz estava no Sudão do Sul, em uma vila, e realizava um trabalho voluntário. Entre as crianças que brincavam ao redor, Alex reparou no comportamento agressivo de uma garotinha em relação aos garotos. Um dia, ela não apareceu. Eis que o choque toma conta do jovem ao saber que a garota de apenas oito anos estava em casa com o marido de 30 anos. Todas as vezes que o homem queria ter sua esposa em casa, ele a estuprava. Por não apresentar condições físicas de ter relações sexuais, no dia seguinte a garota não conseguia levantar da cama e ir brincar com as outras crianças. “Pensei comigo mesmo que isso é uma coisa que eu, como homem, não posso permitir que aconteça. Foi isso que me levou a começar a pesquisar sobre a existência de exploração infantil, do tráfico humano, da prostituição e do abuso infantil”, explica. Alex diz que a decisão de vir ao Brasil foi tomada pela grande preocupação com o tráfico humano no País. Depois de muitas pesquisas e contatos sem nenhum sucesso para a vinda ao Brasil, o rapaz refletiu e percebeu que o que Deus esperava dele era a oração. “Eu me lembrei de várias histórias de como a oração em nosso ministério em Atlanta foi a chave. Eu precisava orar pelas pessoas, porque o problema é muito grande. Eu não posso fazer nada, não posso salvar ninguém, mas Deus pode”, argumenta.

Oração e ação

A partir desse momento, o objetivo já estava traçado na mente deles: caminhar por doze cidades no Brasil e orar por cada local, cada estádio, cada pessoa que cruzasse o seu caminho. A ajuda era bem-vinda. Então, Alex convidou seu amigo Levi Longoria para participar. A princípio, Levi ficou um pouco assustado ao ser informado que seriam apenas eles nesse trabalho, sem ajudas financeiras ou alguma organização envolvida, mas logo entendeu que era a vontade de Deus. “Deus é responsável por não nos deixar passar fome, por nos dar lugares para ficar, por tudo que precisamos”, assegura Levi. Tudo planejado, malas prontas, e então o primeiro destino foi Salvador. De lá, foram para Recife, Natal, Fortaleza. Em seguida, Manaus, Cuiabá, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, finalizando o trabalho em Porto Alegre. Nos estádios, os rapazes, sozinhos ou em grupos caminham ao redor, enquanto oravam e dedicavam aqueles locais a Deus. “Nós sabemos que esses lugares foram feitos para distração, para entretenimento, mas é preciso dar a Deus acesso aos corações das pessoas, porque Ele ainda pode alcançá-las”, defende Alex.

“Deus ouvirá as orações e trabalhará algo durante esta Copa do Mundo”, confia a dupla. Em quatro meses, diversas pessoas foram beneficiadas, tanto as que se propuseram a ajudar no projeto como aquelas que foram ajudadas com oração e orientações, sem contar no benefício próprio causado na vida dos dois americanos. “Não precisamos ter muito para ajudar as pessoas, só precisamos estar disponíveis”, conclui Alex. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin]