No vermelho: 3 em cada 4 famílias brasileiras estão endividadas
Conheça projetos que podem mudar essa realidade

O número de famílias endividadas subiu pelo terceiro mês seguido em abril, chegando a 77,6%. Apesar da alta, o índice ainda é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 78,5%. Mesmo assim, esse é o maior nível desde agosto de 2024, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira, 7, pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
De acordo com a psicóloga Sara Zahn, o endividamento geralmente é causado por fatores como falta de educação financeira e consumo impulsivo ligado a questões emocionais. As consequências vão além do dinheiro, afetando o sono, a alimentação, a saúde mental e até os relacionamentos. "Hoje em dia, problemas financeiros são uma das maiores causas de ansiedade e depressão, e estão entre os três principais motivos de divórcios", pontua.
Iniciativas para mudar essa realidade
A Igreja Adventista do Sétimo Dia ciente deste contexto vem buscando formas de conscientizar seus membros sobre educação financeira e como podem honrar a Deus com seus recursos. Em Governador Valadares (MG), a igreja adventista, central do município, há anos promove o projeto Crescer.

O curso conta com a participação voluntária de profissionais financeiros e empreendedores da cidade. As palestras abordam temas essenciais para o desenvolvimento financeiro tanto pessoal quanto empresarial. "Compreendemos que cuidar do próximo vai além de suprir necessidades imediatas. Estamos desenvolvendo o potencial de cada indivíduo e abrindo caminhos para um futuro melhor", destaca o pastor Wellington Nunes, líder da Ação Solidária Adventista na região.
Outra iniciativa é o livro Embaixadores do Reino, escrito por Camila Moraes Russo, que ensina como alinhar a vida financeira aos princípios bíblicos, mostrando que dinheiro pode e deve ser usado para glorificar a Deus, servir ao próximo e prover com responsabilidade. A autora apresenta sete prioridades práticas — como trabalhar, poupar, doar e desfrutar — dentro de uma perspectiva espiritual, ética e equilibrada.