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Voluntariado

No dia Mundial do Voluntariado conheça histórias de empatia e transformação 

Histórias de voluntariado, nos lembram da importância de doar tempo e talento para transformar vidas e construir um futuro mais solidário.


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Celebrado no dia 5 de dezembro, essa data destaca uma prática que vai muito além de doar tempo ou habilidades: é um poderoso motor de transformação pessoal e coletiva. Seja no apoio a comunidades carentes, em projetos culturais ou ações missionárias, o voluntariado impacta positivamente quem recebe ajuda e quem doa, criando pontes para uma sociedade mais justa e empática. A seguir você acompanha duas histórias inspiradoras de como o voluntariado pode impactar vidas. 

Ana Luísa é médica apaixonada pela missão e já participou de duas missões na Amazônia. 

Ana Luísa em Missão no Amazonas.

“Surgiu a oportunidade de participar com minha irmã em uma missão no Amazonas, organizada pelo Instituto de Missões Noroeste. Foi uma aventura e tanto! Nunca havia ido para essa região do país e a princípio não conhecíamos ninguém que participaria da missão ou que já havia participado. Lá passamos 10 dias morando em um barco, dormindo em redes e exercendo várias atividades. Todos os dias éramos organizados em grupos, que ficariam responsáveis pelos atendimentos de saúde, visitas evangelísticas, construção da igreja, momentos com as crianças e outras atividades, e à noite eram realizados cultos para a comunidade.

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Sair da minha zona de conforto e vivenciar bem de pertinho a realidade daquela comunidade ribeirinha, podendo ajudá-los mesmo com atitudes simples, me fez refletir e direcionar meus pensamentos para o que realmente importa”, reflete. 

Na segunda oportunidade, Ana Luísa retornou à região, desta vez, com um grupo de amigos do projeto Estação 79 (voltado para universitários). 

“O que mais me encantava era poder falar de Jesus durante os atendimentos, orar com os pacientes, encontrá-los nos cultos à noite e poder levar alívio às enfermidades físicas, mas também espirituais. Tenho a alegria de dizer que meu primeiro atendimento como médica foi em missão, o que pra mim é a prova do cuidado de Deus e um gesto de gratidão ao Grande Médico. Vivenciei histórias que ficaram marcadas e que mudaram a minha forma de enxergar as situações do dia a dia”. 

Atendimento às comunidades.

Para ela, todos deveriam ter a oportunidade de atuar como voluntário em missão, pois além de ajudar muitas pessoas, é uma experiência de transformação pessoal.

Elisabete Azevedo vive e compartilha uma experiência que há muito era um desejo de seu coração. 

Natural de São Paulo, ela mora em Juiz de Fora, Minas Gerais, há 36 anos. 

Elisabete se encantou por um projeto da ADRA Núcleo JF, que acolhe crianças. Dia a dia o desejo só crescia, visto que ela mora bem próximo à casa onde acontece o projeto. 

“Todas as vezes que eu passava por lá, eu via aquelas crianças e pensava, poxa eu gostaria muito de trabalhar num lugar assim porque eu sou apaixonada por crianças”, lembra. 

Após conhecer a coordenação e manifestar a vontade de atuar como voluntária, Elisabete foi convidada a se juntar ao time. A resposta não poderia ser outra: há um mês ela faz parte do projeto atuando na cozinha e como ela mesmo diz: “Fazendo comida e colocando em cada alimento uma pitada de amor. É o que eu sei fazer de melhor com dedicação, zelo e muito carinho.” 

Elisabete cuida da mãe de 92 anos e se dedica ao voluntariado duas vezes por semana. 

“Para mim ser voluntária é de fundamental importância porque estas pessoas já trazem um histórico de vida tão sofrido que tudo que elas precisam é de carinho, atenção, acolhimento e respeito. Eu penso que quem pode disponibilizar algumas horas do seu tempo para levar um pouco de alegria a quem precisa é maravilhoso. 

Dados do IBGE mostram que o trabalho voluntário cresceu em todas as regiões do Brasil entre 2019 e 2022, indicando um movimento em direção à solidariedade e ao envolvimento social.

No Brasil, os números refletem esse movimento crescente. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, em 2022, cerca de 7,3 milhões de brasileiros, ou 4,2% da população, se dedicaram ao trabalho voluntário, destinando em média 6,6 horas semanais a essas atividades. A maior parte dessas ações, cerca de 86,4%, foi realizada por meio de organizações, reforçando a relevância das instituições na mobilização e organização dos esforços voluntários.