"Não vou ser eu mesmo por 7 dias", se desafiou jovem missionário
Entenda como a "Missão Teen" tem transformado vidas
O mineiro Daniel Santos tem 16 anos e sempre se considerou tímido. Embora fosse atuante na igreja, sentia que sua fé estava fraca. Um dia, recebeu o convite para ser missionário em Manaus. A princípio, relutou em aceitar. Porém, ao decidir ir, colocou em seu coração que estaria aberto a mudanças e não deixaria que sua timidez o atrapalhasse. “Não vou ser eu por 7 dias”, prometeu a si mesmo.

"Lá, conheci muitas pessoas e percebi que estava perdendo algo muito importante. Comecei a participar mais dos cultos e me aprofundar espiritualmente", compartilha o adolescente. Ele ainda conta, que ao retornar para sua casa, em Manhuaçu, continuou a estudar a Bíblia e que seu relacionamento com Deus melhorou.

Daniel, entretanto, não é o único que foi convidado a viver uma vida de entrega. No último fim de semana (21-23), 120 adolescentes participaram da "Missão Teen". Com o tema "É Guerra", toda programação foi voltada para conscientizar a batalha espiritual existente e como eles podem se alistar no exército de Cristo.

É guerra
"Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário", escreveu Ellen G. White. Porém, às vezes, os seres humanos fazem escolhas que os afastam desse princípio. Artur Bispo, por exemplo, se sentia fraco na fé. “Eu precisava de um reavivamento”, confessou ao participar do encontro.

Bispo, sentiu-se tocado com a programação. Ele conta que, o que mais lhe marcou, foi o foco na espiritualidade dos adolescentes. “Geralmente fala-se muito sobre os conflitos que temos, o desenvolvimento que estamos passando, mas não de espiritualidade em si, porém aqui isso foi o foco", destacou. Sabriny Dohler, de apenas 12 anos manifestou seu desejo. “Eu quero ser missionária porque quero que outras pessoas conheçam o amor de Jesus, se batizem e eu as encontre no céu”.

Leiliane Lopes, líder dos adolescentes da Associação Mineira Leste (AML), justifica que a escolha do tema vem da compreensão de estarmos vivendo num cenário onde o bem e o mal se enfrentam. “Essa batalha é real, é bíblica”. Ela ainda advertiu que é necessário que nos posicionemos. “Há pessoas nessa guerra que estão à beira da morte, que estão sem esperança e precisam da nossa ajuda como guerreiros do Senhor”, certifica.