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Evangelismo

Mulheres enfrentam púlpito e se tornam protagonistas na missão

Durante uma semana especial, mulheres pregaram, emocionaram e impactaram vidas no Oeste de Minas


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“Foi uma semana de entrega e renovo.” A frase da jovem Nathalia Carvalho resume o sentimento vivido por milhares de mulheres na primeira semana de junho durante a Semana de Evangelismo Feminino, promovida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia na região Oeste de Minas Gerais. Com o tema “Chegou a Hora. Viva algo Novo”, o movimento uniu fé, ação e empatia em uma verdadeira jornada espiritual e missionária, tanto nas igrejas quanto nas ruas, casas e até hospitais.

Membros da Igreja Adventista em Cidade Nova (MG), distrito de Carmo do Cajuru, saindo para visitar e realizar serenatas (Foto: Equipe de Mídia Distrital)

De acordo com Josiane Nunes, líder do Ministério da Mulher na região, aproximadamente 3 mil mulheres se envolveram ativamente, espalhadas por 122 congregações (74 igrejas e 48 grupos). “Estamos trabalhando temas muito relevantes como culpa, o peso do passado, as tempestades da vida e a confiança em Deus. Temos visto Deus agindo de forma poderosa”, conta ela.

Josiane destaca que a preparação começou ainda no primeiro trimestre do ano, com treinamentos, convenções e ideias criativas de evangelismo. Uma das estratégias foi o incentivo a eventos como chás missionários e visitas personalizadas, que serviram como ponto de partida para os cultos públicos.

Sayonara Pereira, líder do Ministério da Mulher da Igreja Adventista Nações, entregando marmitas na UPA (Foto: Equipe de Mídia Distrital)

Em Carmo do Cajuru (MG), a criatividade deu um tom especial ao evangelismo. O pastor Fellipe Del Nobile e suas congregações organizaram serenatas noturnas, visitas com brindes personalizados e cultos pensados para alcançar as pessoas em suas casas e posteriormente levá-las ao templo.

“Visitamos mais de 80 pessoas. Algumas não frequentavam a igreja, outras estavam afastadas ou já recebendo estudos bíblicos. Já tivemos um batismo e há mais três decisões sendo preparadas”, relata o pastor.

Edmar e Vilma, que ministraram o curso bíblico para Eduardo, entraram no tanque junto com ele e o pastor Fellipe para a cerimônia batismal (Foto: Equipe de Mídia Distrital)

Além disso, a Igreja Adventista do bairro Nações visitou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, levando marmitas e palavras de esperança para pacientes e acompanhantes. A compaixão abriu portas para o convite ao evangelismo.

Protagonismo feminino na pregação

O que mais marcou a semana foi o protagonismo de mulheres pregadoras, muitas delas subindo ao púlpito pela primeira vez. A emoção e o chamado divino se entrelaçaram em histórias tocantes.

Nathalia Carvalho enfrentou uma gripe e crise de tosse no dia de sua mensagem. Antes de pregar, ela sentia uma forte dor de cabeça. “Quando subi ao púlpito, tudo passou. Tenho certeza de que foi Deus que me fortaleceu naquele momento. Ele usa os dispostos, não os perfeitos”, testemunha. Para Nathalia, a semana confirmou que as mulheres também são chamadas por Deus para evangelizar. Precisamos nos posicionar, falar com coragem e também usar a doçura que Deus nos deu”, afirma.

Nathalia Carvalho pregando na Igreja Adventista Central de Uberlândia (Foto: Elisete Santos)

Já a jovem Luiza Rosa descreveu o convite para pregar como uma resposta direta à sua oração. “Eu estava conversando com Deus há um tempo sobre isso, se eu deveria ou não me colocar à disposição para pregar, e, como resposta às minhas orações, nem precisei falar com ninguém, Deus me enviou o convite e a resposta à minha oração por meio dessa semana de evangelismo”.

Embora falar em público não seja um desafio para Ana Carolina Menezes, ela se sentiu insegura ao receber o convite para pregar. “Mas, ao mesmo tempo, senti que Deus estava me chamando e, se Ele estava me chamando, Ele iria me capacitar para este desafio”, conta. No momento em que subiu ao púlpito, suas mãos estavam geladas. “Eu orei muito e pedi que Ele enviasse o Espírito Santo. Quando comecei a falar, senti como se Deus estivesse falando para mim. Mesmo nervosa, as palavras fluíram.”

Ela resumiu sua experiência destacando a importância da confiança em Deus. "Confiei no meu Senhor, e Ele mais uma vez me ouviu. Não da forma como eu queria, mas da forma como eu precisava", também testemunha Ana.

Adriana Martins compartilhou sua atitude desde que recebeu o convite para pregar na Semana de Evangelismo. “Desde o dia do convite até o momento do sermão, oro para que Deus direcione minhas palavras às necessidades das pessoas”, explica. Para ela, antes de pregar aos outros, é essencial que a mensagem tenha impacto sobre si mesma. “Procuro focar primeiro na mensagem que se aplique a mim, porque preciso ser um exemplo daquilo que transmito.”

A jornalista Wasthi Lauers de Castro encarou o desafio com serenidade e, ao mesmo tempo, com o senso da responsabilidade envolvida em pregar. "Prometi a Deus que sempre responderia com um 'sim' ao chamado para as pregações. Mas isso é sempre desafiador também, porque reconheço a grandeza da mensagem."

Transformação visível

Mulheres que antes tinham receio de falar em público agora se reconhecem como instrumentos nas mãos de Deus. Pessoas que estavam afastadas da fé ou do convívio da igreja voltaram a sorrir, emocionadas, ao ouvir uma mensagem ou receber uma visita inesperada.

A fé se manifestou nas palavras, nos gestos e nas decisões tomadas ao longo da semana. As mulheres evangelizaram e alcançaram muitas pessoas. De fato, chegou a hora e elas viveram algo novo.