Mudanças pioneiras são pautadas em encontro de pastores de escolas no Sul do Brasil
Entre as mudanças apresentadas estão a alteração do termo "Capelão" para "Pastores de escola" e a diminuição de hora-aula
Ivatuba, PR...[ASN] O Instituto Adventista Paranaense (IAP) sediou o encontro de pastores de escolas para os três estados da região Sul do Brasil, realizado entre os dias 15 e 17 de maio. O tema, Cumpre plenamente o Teu Ministério, foi abordado durante as palestras e fóruns com o intuito de estimular a criatividade na implementação de projetos que envolvam os alunos da rede Educacional Adventista. “Principalmente os que já são batizados, já que eles podem e devem ser o braço direito do pastor na escola”, enfatiza o pastor Antônio Carlos Tavela, coordenador dos pastores de escola da Educação Adventista para os três estados da região sul do Brasil, durante a palestra de abertura do programa.
A função exercida por Tavela é uma iniciativa pioneira entre as sedes administrativas da Igreja Adventista a nível regional. “Isto indica o quanto valorizamos os pastores de escola”, destaca o pastor Rubens Silva, líder da Educação Adventista da União Sul Brasileira (USB). O educador apresentou outra mudança em benefício da categoria, a alteração do termo Capelão para Pastores de Escola. “A mudança, a princípio, não denota grandes transformações, mas a nomenclatura “pastor” expressa melhor a abrangência do ministério na escola”, destaca.
Para falar sobre o Plano Mestre de Desenvolvimento Espiritual (PMDE) o grupo recebeu o professor e missionário Marcos Eduardo de Lima, que atualmente trabalha na Pastoral Universitária do Centro Universitário Adventista de São Paulo – Unasp -SP.
Marcos Eduardo, que foi ordenado pastor em 2016 após retornar do Egito, onde atuou como missionário ao estabelecer o primeiro Clube de Desbravadores do país, contou suas experiências no campo missionários e também na atuação à frente da capelania. “Eu não falo de projetos, mas de minhas experiências. Vidas que vi serem transformadas por intermédio deste trabalho”, contextua.
Outra função exercida por Lima é a coordenação do Centro de Voluntariado Berndt Wolter, implementado ano passado no Unasp – SP. O departamento surgiu após o envio de missionários a cinco continentes do globo, em comemoração aos 100 anos do Unasp –SP. A ideia, inicialmente pontual, se tornou uma meta da instituição: extrapolar os muros da escola ao intermediar trabalho voluntário em outros países ou mesmo em lugares remotos no Brasil. “Para implementar ideias, e fazer as coisas funcionarem, é preciso ter um pouco de dor. Quem tem a ousadia de amar, tem que ter coragem”, desafia os ouvintes.
Foram votadas melhorias para os que atuam nesta função, dentre elas a diminuição da carga horária, ajuste de benefícios e apoio financeiro para elaboração de projetos. “Buscamos valorizar o trabalho, levando em conta os desafios desta função. Levando isso em conta, votamos que o pastor de escola não sofra com a rotatividade, comum entre os pastores distritais. A ideia é que ele possa permanecer no seu posto por até seis anos - dois anos a mais do que é indicado para pastores distritais”, explica o presidente da Igreja para os três estados da região Sul do país, pastor Marlinton Lopes, ao justificar que o pastor de escola precisa de mais tempo para desenvolver um trabalho sólido na sua escola.
O intuito do encontro foi fazer com que o pastor sinta-se valorizado e apoiado, com a plena compreensão da importância e abrangência da sua função. “A verdade é que não preciso liderar uma igreja para que a minha vocação ministerial seja atendida”, conclui o pastor Tavela. [Equipe ASN, Carolina Perez]
VEJA AS FOTOS: