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Morre Cid Moreira, jornalista que gravou a Bíblia em áudio

Apaixonado pela Bíblia, participou de vários projetos da Igreja Adventista do Sétimo Dia


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Após 26 anos como apresentador do Jornal Nacional, Moreira se tornou conhecido por suas narrações de textos bíblicos (Foto: Reprodução / Instagram)

O jornalista e apresentador Cid Moreira, uma das vozes mais conhecida do Brasil, faleceu nesta quarta-feira, 3 de outubro. Ele estava internado em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, onde morava. O que começou com uma pneumonia em casa avançou para um quadro de insuficiência renal crônica. De acordo com o boletim médico do Hospital Santa Teresa, ele foi a óbito às 8h, causado por falência múltipla dos órgãos.

Ele teve contato com a Bíblia Sagrada ainda pequeno. Quando menino, após o almoço, costumava ler o livro no quintal de casa, enquanto os pais tomavam sol no inverno. Como resultado de sua proximidade com a Palavra de Deus, na década de 90 gravou o livro de Salmos em áudio. E dali em diante não parou mais, gravando diversos projetos relacionados a ela.

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Teve contato com a Igreja Adventista do Sétimo Dia por meio do advogado Agostinho Casarin Junior, membro da denominação, e foi se encantando cada vez mais por suas doutrinas. Uma de suas contribuições foi gravar em áudio o livro Caminho a Cristo, da escritora Ellen G. White, a pedido do pastor Cleo Fortes. Depois dessa experiência, passou a amar ainda mais e a compreender a Bíblia.

Box contendo os volumes da série com textos bíblicos e música apresentada por grupos, corais e solistas adventistas (Foto: Divulgação)

Ele gravou, também, a obra Textos Bíblicos Extraordinários, com Celso Freitas e Sérgio Azevedo. Parte do projeto, que inclui canções de músicos adventistas, foi patrocinada pelo doutor Milton Afonso, patrono da Comunicação Adventista. Moreira ainda gravou toda a Bíblia em áudio. A iniciativa levou aproximadamente seis anos para ser produzida, com mais de 135 horas de gravação.

Contribuições e princípios

De acordo com o pastor e jornalista Silóe Almeida, amigo pessoal de Cid Moreira, ele foi um ícone do jornalismo brasileiro e dos textos bíblicos em áudio, pois sua voz era inconfundível. Era também um exemplo de longevidade, já que cuidava muito bem da saúde e faleceu aos 97 anos.

Veja, abaixo, um vídeo em que o apresentador detalha seu cuidado com a saúde e estilo de vida:

Cid Moreira foi convidado para participar do Mutirão de Natal, projeto da Igreja Adventista do Sétimo Dia que começou em Botafogo, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Sérgio e Marli Azevedo. E de lá pra cá, a amizade entre ele e o pastor Siloé só cresceu. Um frequentava a casa um do outro e, nesse último mês de internação, o pastor adventista acompanhava Cid pelo telefone cerca de duas vezes por dia. Inclusive, hoje seguiria para Petrópolis para visitar o amigo no hospital, porém Fátima, esposa de Cid, o avisou do falecimento.

Cid e o pastor Siloé Almeida em uma das muitas visitas que fizeram juntos a veículos de comunicação (Foto: Divulgação)

Sérgio Azevedo, publicitário e empresário adventista, chegou a desenvolver diversos iniciativas com Cid, especialmente em relação à Bíblia, e também tinha amizade íntima com o ícone do jornalismo brasileiro. “Foi gratificante trabalhar, gravar e realizar vários projetos com meu amigo Cid Moreira.
Grande incentivador da leitura da Bíblia, ajudou milhares de pessoas a conhecerem mais profundamente os ensinamentos da Palavra. Que Deus conforte a família e que o seu legado continue influenciando as pessoas a se aproximarem de Cristo”, sublinha.

Sérgio (esquerda) e o jornalista e radialista Cyro César (direita) durante um dos encontros com o apresentador (Foto: Divulgação)

Ele era um homem de princípios e tinha a Palavra de Deus como sua regra de fé e prática. Sempre que era convidado para uma nova produção, procurava saber se o texto que ele ia narrar estava em conformidade com a Bíblia. Caso não estivesse, não seguia adiante.

O apresentador também participou de várias gravações da Rede Novo Tempo de Comunicação. Entre elas, de uma entrevista para o jornalista Wagner Cantori, que na época apresentava o programa Identidade Geral, que pode ser visto a seguir: