Modelo trocou carreira internacional para ser professora voluntária na Micronésia
Através do voluntariado Giuliana conheceu novas culturas e conseguiu uma bolsa de estudos
Engenheiro Coelho, SP... [ASN] Giuliana Verano, 20 anos, era modelo em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, quando em meados de 2014 escolheu abandonar a carreira para ser professora voluntária no Vilarejo de Laura nas Ilhas Marshall, localizado na Micronésia. A modelo ficou sete meses no povoado, onde ensinava inglês, matemática, ciências, artes, educação física, estudos sociais e estudos religiosos para as crianças nativas.
Para ela, a decisão de abandonar a profissão de modelo para ser voluntária foi a melhor, e a mais feliz também, que já tomou. “Quando a agência soube do meu interesse de viajar e da minha decisão, me ofereceram diversas oportunidades para fora do país. Mas isso nem despertou minha curiosidade, acho que nunca em minha vida estive tão focada”, lembra.
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A modelo faz parte de um grupo que vai para outros países para atuar como voluntários durante um tempo no programa do Serviço Voluntário Adventista (SVA). Além de ajudar as pessoas, é uma oportunidade de aprender um novo idioma e conhecer novas culturas. “Não consigo encontrar uma outra forma mais completa e ao mesmo tempo gratificante”, afirma Giuliana.
Diferenças culturais
Giuliana conta que existem diferenças em todos os aspectos possíveis, desde as roupas usadas até a expressões faciais que significam palavras na cultura local. “Eles levantam as sobrancelhas para cima e para baixo rapidinho e isso significa a palavra sim. E todas as mulheres devem usar vestidos – os Môo Môos – abaixo do joelho e com legging, inclusive para nadar” explica. Ela também diz que em Laura existe rei, rainha, príncipe e princesa e que uma de suas alunas, Jolani, era neta do rei do vilarejo.
Ela fala sobre a timidez e também da receptividade das pessoas que moram na vila e conta que foi adotada por uma família local, que deram cinco festas de despedida antes da modelo retornar. “Voltei para o Brasil com uma mala só de presentes artesanais deles”, diz. A voluntária afirma que as Ilhas Marshall é um dos lugares mais bonitos que já visitou, com pessoas lindas e praias e pôr-do-sois incríveis.
Mudança de vida
Hoje, a modelo pensa em voltar para o distrito de Laura para visitar ou dar aulas. Mas ela explica que antes pretende terminar a faculdade de Jornalismo, que cursava no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) campus Engenheiro Coelho antes de ser voluntária.
Antes de voltar para o Brasil, Giuliana conta que foi para Assembleia Mundial dos adventistas, realizada em julho deste ano nos Estados Unidos, para saber mais sobre trabalhos filantrópicos. No evento, ela conheceu um senhor, que havia lhe dado várias informações sobre voluntariado. Perguntada de onde ela vinha, Giuliana explicou a situaçãoque estava voltando de Ilhas Marshall mas era do Brasil. “Ele me questionou espantado se eu gostava da escola de lá e da casa onde morava. Respondi que sim, e que a casa era linda e aconchegante”, relembra.
De acordo com Giuliana, aquele senhor foi um dos primeiros voluntários nas Ilhas Marshal, em 1976. Junto com um grupo, construíram a escola e a casa onde os atualmente os voluntários ficam. “Logo após a conversa, ele me indicou para ganhar uma bolsa de estudos na área de filantropia nos Estados Unidos”, relembra emocionada.
Após concluir a graduação em Jornalismo no Unasp, os planos de Giuliana são estudar filantropia e continuar sendo voluntária em diversos lugares do mundo e, durante esses intervalos, visitar as Ilhas Marshall.
I Will Go
Voluntários de todas as partes do mundo e a modelo participarão do III Congresso Internacional de Universitários Missionários Adventistas I Will Go, que acontece entre os dias 10 e 12 de setembro no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) campus Engenheiro Coelho. O objetivo do congresso é motivar e orientar jovens que desejam realizar o voluntariado. [Equipe ASN, Esthéfanie Vila Maior]