Notícias Adventistas

Missionária funda grupo em localidade sem presença adventista

Missionária funda grupo em localidade sem presença adventista

Curitiba, PR...[ASN] Quando se mudou para a região de Bateias, distrito municipal de Campo Largo, no interior do Paraná, a costureira ValdiceBazzani precisava percorrer 11 km para chegar à Igreja Adventista mais próxima de sua casa. Seu desejo era de...


  • Compartilhar:

Professora Ray Oliveira (esquerda) e a costureira Valdice Bazzani. Programa do Ministério da Mulher inspirou missionária a realizar um antigo sonho em sua comunidade.Curitiba, PR...[ASN] Quando se mudou para a região de Bateias, distrito municipal de Campo Largo, no interior do Paraná, a costureira ValdiceBazzani precisava percorrer 11 km para chegar à Igreja Adventista mais próxima de sua casa. Seu desejo era de que essa distância fosse diminuída, mas ela não sabia o que fazer para mudar a situação.
Valdice fez o mesmo trajeto durante dois anos, entre 2004 e 2006. Quando seu esposo e sua filha foram batizados, em setembro de 2006, ela percebeu que poderia ter apoio para tornar real um sonho que tinha se transformado em necessidade. E foi com o apoio do pastor da localidade na época, Paulo Montanari, que iniciaram um Pequeno Grupo de estudo da Bíblia em sua casa, que até então era a única família adventista que vivia ali.

“Chegamos a ter uns 10 participantes, mas os resultados não foram muitos porque moramosem uma região rural, mas serviu para nosso crescimento espiritual e amadurecimento de minha família”, relembra.Na época, aqueles que acompanhavam os encontros começaram a entregar folhetos e livros para os vizinhos, mas, infelizmente, o projeto não seguiu adiante. “Desfizemos nosso Pequeno Grupo e isso foi uma grande frustação para mim.”

Depois da experiência, o sonho de Valdice ficou engavetado até o ano passado, quando descobriu que um ex-adventista se mudou para Bateias. Ela visitou o novo morador e propôs que eles iniciassem um Pequeno Grupo naquela casa. A proposta foi aceita.

Orações respondidas - No entanto, foi em março deste ano que a costureira recebeu o incentivo que faltava. Ao acompanhar a Convenção do projeto Mulheres Evangelizadoras Levando Luz (MEL), evento que reuniu 300 participantes e foi organizado pela professora Ray Oliveira, diretora do Ministério da Mulher da Igreja Adventista para a região central do Paraná, ela ouviu as experiências da missionária Nilda Aquino e saiu decidida a fazer algo por sua comunidade.

“Resolvi alugar um salão bem no centro do distrito municipal, consegui um patrocinador para o aluguel e nosso primeiro grande programa foi durante a Semana Santa”, pontua. Desde então, as reuniões acontecem todos os sábados, domingos e quartas, com uma média de 25 pessoas a cada dia.

Para atrair a atenção da comunidade, no mês de maio o grupo ofereceu um curso sobre como deixar de fumar, que resultou na participação de aproximadamente 15 pessoas, das quais algumas estão se preparando para o batismo.

O interesse pela Bíblia também tem crescido. Atualmente, 23 pessoas recebem estudos bíblicos, ministrados por Valdice e por uma instrutora que foi enviada para a região. A expectativa é de que em breve os interessados se unam aos outros sete membros que foram batizados no mês passado.

Desafios
Mas os sonhos dela não terminaram. Agora ela quer morar mais próximo de Bateias, já que sua casa está a 4 km do centro, para se dedicar integralmente ao trabalho missionário. A profissão de costureira está temporariamente pausada, pois ela decidiu dividir seu tempo entre a igreja e o cuidado do lar.

“Minha família me apoia muito. Todos eles também estão envolvidos em frentes missionárias”, garante Valdice, que explica que até a Kombi do esposo é utilizada para buscar as pessoas e leva-las às reuniões. “Essa experiência mudou minha visão de eternidade. Penso que muita gente pode se perder porque eu não aproveitei uma oportunidade, por isso hoje busco sair do comodismo.”

Agora, o desafio que o grupo tem pela frente é o de encontrar outro lugar para congregar, já que o salão que alugam está à venda. Mesmo sem saber onde se reunirão, a missionária voluntária está confiante de que a solução virá em breve. Basta orar. “Aprendi que para realizarmos um sonho temos que praticar a oração, e oração sem ação não e é oração, é emoção”, compartilha. [Equipe ASN, Jefferson Paradello]