Mission Refocus quer levar missionários para o mundo
Projeto pretende aumentar os esforços para a pregação em lugares em que não há presença de adventistas
Onde está o campo missionário? Na vizinhança, na cidade, no Estado, no mundo. É isso o que diz a escritora norte-americana Ellen White: “O mundo é o nosso campo de trabalho missionário” (Testemunhos para a Igreja, volume 7, p. 12.2). E é baseado nesse conselho que surgiu na sede mundial da Igreja Adventista o Mission Refocus, que pretende incentivar todos os membros a se tornarem ou apoiarem missionários ao redor do globo.
“É uma iniciativa pra envolver as instituições da Igreja, as Uniões, as Associações (sedes administrativas regionais), e as igrejas locais nos projetos missionários. Mas de que maneira? Desde a igreja local, queremos lembrar que há muitas regiões no mundo sem presença cristã”, explica o pastor Dieter Bruns, diretor do Serviço Voluntário Adventista para oito países sul-americanos, departamento responsável pelo envio de voluntários e missionários para dentro e fora da América do Sul
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Missão para todos
Se antes essa preocupação estava apenas nos níveis administrativos, o grande ponto do Mission Refocus é conscientizar também a igreja local, ou seja, todos os membros da Igreja Adventista, de que existe ainda uma grande porção do planeta que precisa de alguém que leve a mensagem bíblica.
O pastor Stanley Arco, presidente da Igreja Adventista para oito países da América do Sul, destaca que “cada um de nós tem que pensar em fortalecer a igreja local com a missão que nós temos. Mas o evangelho não é pregado só na minha igreja local, no meu território. Ele é pregado a todo mundo. Então a visão é igreja local, igreja global.”
“Quando a gente lembra disso, nos motivamos a ajudar. Quando ajudamos, na verdade, no final, nós somos os grandes beneficiados. E nessa de estar consciente, de começar o processo de ajuda, a gente cria também na igreja local mais unidade e mais desenvolvimento”, enfatiza Bruns. Para ele, quando se tem alguém conhecido atuando no campo missionário, isso traz mais consciência e desperta a necessidade por informação sobre aquele trabalho. Consequentemente, une a igreja em um propósito comum.
Arco comenta que são cinco fases para chegar ao objetivo final. A primeira está no projeto Missão Calebe, na igreja local. A segunda é o projeto Um Ano em Missão (OYIM) e o Serviço Voluntário Adventista (SVA). A partir daí chega a terceira parte, que é uma espécie de intercâmbio de missionários entre sedes administrativas na América do Sul. A quarta fase está em enviar e receber pessoas entre continentes por meio, por exemplo, do projeto Missionários para o Mundo, que já enviou 25 missionários a outros países. A última etapa está em um projeto que será realizado na Tailândia e Indonésia, países que têm pouca presença de cristãos e adventistas.
Durante os próximos cinco anos, o plano é aumentar o envio de missionários voluntários, profissionais, promover Mission Trips, ou seja, missões de curta duração e investir em infraestrutura.
Barreiras e oportunidades
A integração entre projetos e departamentos mostra o esforço em fazer com que a igreja se envolva integralmente no Mission Refocus. Com isso, motiva e proporciona mais oportunidades de missão aos membros da Igreja Adventista.
Para que o projeto seja bem-sucedido, há alguns desafios que necessitam ser vencidos. Para os missionários, é o idioma. É imprescindível ter o conhecimento do inglês, por exemplo, para aprender um terceiro idioma. Para as instituições e sedes administrativas que viabilizam o envio das pessoas são os recursos financeiros.
O trabalho do projeto agora é se fazer conhecido em todos os lugares, apresentando os caminhos para ligar voluntários e missões. O site vividfaith.com é uma das rotas para essa conexão. Ele contém todas as vagas disponíveis em diversos países, para variadas funções.
Com a apresentação do projeto Mission Refocus durante a Comissão Diretiva Plenária, intitulada “Uma Igreja Viva”, o objetivo é que todos se comprometam a trabalhar ativamente no envio e recebimento de missionários para atuar em regiões em que não há presença da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Esse trabalho acontece “em resposta ao que fizeram conosco na América do Sul no passado. Eles [os pioneiros] entregaram, vieram da América do Norte, principalmente. Líderes que vieram pra cá difundir o evangelho e hoje temos a Igreja que temos. Agora nós vamos responder a isso entregando a outros países que também tenham a necessidade”, completa Arco.
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