Crianças estão descobrindo maneiras criativas e impactantes de falar de Jesus aos seus colegas de escola e vizinhos, usando algo que conhecem bem: as brincadeiras. Um exemplo é Maria Júlia de Paula Bandeira, de 8 anos, que conheceu a Igreja Adventista há dois anos e, desde então, tem levado a mensagem de Cristo a seus amigos e familiares.

"Ela participou de todas as etapas que eu passei para entrar na igreja, inclusive dos estudos bíblicos. Mesmo antes de sermos batizadas, já estávamos estudando a Bíblia com outras pessoas, e ela sempre esteve presente e envolvida", relata Mayanne Santiago, mãe da pequena missionária.

Maria Júlia, com sua Bíblia sempre à mão, viu na escola uma oportunidade para evangelizar. Na cidade de Boa Vista, ela iniciou uma mini classe bíblica durante os intervalos escolares. "Ela chegou em casa toda animada, dizendo que ofereceu estudos bíblicos para uma amiguinha da escola. Quando a mãe da menina não quis que os estudos fossem realizados em casa, Maria Júlia decidiu continuar na escola, durante o recreio", conta Mayanne. Hoje, quatro amigas participam regularmente dos estudos bíblicos conduzidos por Maria Júlia.

Além de influenciar seus colegas, Maria Júlia também toca o coração de seu pai. Mesmo após diversas tentativas da esposa de levá-lo à igreja, ele resistia. Mas a pequena encontrou um jeito especial de aproximá-lo de Deus: ela começou a pedir que ele escrevesse, a cada pôr do sol, algo pelo qual era grato. Esse simples ato o fez refletir mais sobre o que a filha compartilhava e, dois meses atrás, ele começou a estudar a Bíblia com um casal de amigos.

Alcançando Vizinhos
Ana Paula Barbosa Becali, de 11 anos, também aproveita cada oportunidade para evangelizar. Ao perceber a grande quantidade de crianças com quem brincava no condomínio onde mora, em Manaus, viu ali a chance de falar sobre Jesus. Ela organizou uma classe bíblica em sua casa, que acontece todas as terças e quintas-feiras.

Durante esses encontros, Ana Paula transforma brincadeiras em lições bíblicas, com atividades dinâmicas e criativas. Oito crianças participam regularmente, e uma delas, Raynara, de 8 anos, decidiu se batizar. "Eu já tinha participado de estudos bíblicos com meus pais, mas liderar um estudo sozinha foi diferente. Eu orava, pedindo a Deus que me desse ideias para as brincadeiras, e ver a Raynara se batizar encheu meu coração de alegria", compartilha Ana Paula.

Transformando Vidas
Embora não se conheçam, Maria Júlia e Ana Paula compartilham algo em comum: o amor por Jesus e a vontade de compartilhar esse amor. Ambas têm impactado não apenas outras crianças, mas também adultos ao seu redor.

Maria Júlia, por exemplo, conseguiu alcançar uma tia católica que, inicialmente, não permitia que falassem da igreja para ela. Quando essa tia adoeceu, Maria a visitava com frequência, levando sua Bíblia e lendo histórias bíblicas. "Ela até fez uma cartinha para a tia, dizendo que Jesus estava cuidando dela, e pedia para orar por ela", conta Mayanne. Agora, a tia pede que Maria ore por sua recuperação.

Ana Paula, por sua vez, conseguiu falar de Jesus para a família de uma das amigas do condomínio, mostrando que, independentemente da idade, todos podem ser usados por Deus para transformar vidas.

“Ser criança, é ver e sentir o amor e carinho de Jesus por todos nós. Jesus diz que precisamos ser com elas, porque delas é o Reino. Deus tem usado poderosamente as novas gerações para o cumprimento da sua obra, e essas meninas estão sendo usadas incrivelmente por Jesus,” declara a líder do Ministério da Criança e Adolescente para o Amazonas, Adriana de Oliveira.

Já a líder do MCA para Roraima, Talita Calazans destaca que a profecia tem se cumprindo na nova geração. “Oramos para que cada uma de nossas crianças, sejam usadas por Deus na pregação do evangelho, e que ao levar a luz da verdade, entendam que sua voz é uma folhinha da árvore da vida que cura e abençoa vidas, como elas já estão fazendo”, destaca ela.  

Essas pequenas missionárias provam que, com fé e dedicação, é possível alcançar corações, seja através de brincadeiras ou pequenos gestos de amor.