Missão Calebe utiliza requisitos diferenciados para envolver desbravadores
Além do conhecimento das especialidades, desafios da área de desbravadores fazem parte da proposta Calebe de Lenço, do sul do Paraná.
Curitiba, PR… [ASN] Depois de um ano repleto de compromissos e atividades, finalmente as merecidas férias chegam. Para alguns, a época é de descanso e diversão. Já para outros, significa doar um pouco de si para quem precisa. Flávia Danucalov faz parte deste segundo grupo ao se envolver na Missão Calebe, projeto da Igreja Adventista que desafia jovens a dedicarem suas férias ao trabalho voluntário e evangelístico.
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Participante deste movimento há cinco edições, para Flávia, a Missão Calebe - ocorrida no sul do Paraná entre os dias 16 a 28 de janeiro - teve um gostinho especial: poder conciliar o voluntariado com a atividade do Clube de Desbravadores. A junção recebeu o nome de Calebe de Lenço.
É a primeira vez que a região adota oficialmente a iniciativa como parte do projeto, incluindo atividades e ações direcionadas aos desbravadores. “Gostei muito da iniciativa do Calebe de Lenço como uma forma de mostrarmos que os desbravadores também se envolvem na Missão Calebe. Andar com o lenço no pescoço é um orgulho para um desbravador”, conta Flávia.
A ideia, segundo Eduardo Neto, líder do grupo no sul do Paraná, foi acolher o desbravador, que também é um público que está disposto a fazer parte da Missão Calebe assim como outros grupos da igreja, porém potencializá-lo em atividades que fazem parte do seu universo. “Pensamos em algo que os desbravadores possam contribuir dentro da Missão Calebe de forma efetiva, naquilo que não tenha nenhuma restrição de idade e que também seja agradável para eles”, declara Eduardo.
O trabalho dos voluntários envolveu requisitos de especialidades do Clube de Desbravadores ligadas a ações sociais. “Cada um recebeu um manual com o conteúdo de oito especialidades. O material era estudado durante a manhã e a parte prática realizada à tarde. Essa segunda atividade se resumia em ações sociais, que contribuíram para o contexto geral da Missão Calebe”, conta Eduardo.
Para ir além das especialidades e da parte prática, a liderança criou o Calebe Face, a fim de gerar interação das equipes do chamado Calebe de Lenço. Por meio da página oficial do departamento no Facebook, os participantes recebiam desafios para o cumprimento de sete tarefas diferentes que envolviam desde visitas missionárias, até limpeza de casas. As equipes foram pontuadas por cada desafio concluído e deveriam comprovar a partir de fotos que foram postadas na rede social.
A equipe de Flávia, que atuou na cidade de Tijucas do Sul, abraçou a ideia e se envolveu nas atividades. A garota acredita que a iniciativa trouxe bons resultados. “Os desafios deixaram os grupos mais envolvidos, trabalhando em união para cumpri-los”, opina Flávia.
A intenção dos métodos utilizados no Calebe de Lenço foi despertar o lado missionário do desbravador. O que, no início, era apenas um requisito, apresentou um significado ainda maior quando os participantes se depararam com a necessidade das pessoas e “acabaram sendo impactados por isso, entendendo um mundo que talvez não enxergavam”, analisa Eduardo.
Enquanto os projetos sociais foram de responsabilidade dos desbravadores, o evangelismo ficou por conta dos jovens do Geração 148. Já o Clube de Aventureiros organizou a tradicional Escola Cristã de Férias, programa que apresenta valores às crianças por meio de histórias, músicas e brincadeiras. A divisão de funções foi a forma encontrada para integrar grupos distintos em um mesmo projeto. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin]