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Missão Restaur.Ação leva serviços e esperança ao Rio Grande do Sul e motiva voluntário ao batismo

Grupo, composto em sua maioria por pintores e eletricistas, faz transbordar o sentimento de solidariedade cristã através da realização serviços


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O Rio Grande do Sul tem sido alvo da solidariedade de pessoas em todo Brasil desde quando ocorreu a enchente, em abril. No Distrito Federal, logo que as primeiras informações sobre os temporais que assolaram o estado começaram a chegar, a Assistência Social e Unidades Escolares Adventistas se uniram para viabilizar doações de alimentos, roupas e água, para suprir necessidades básicas de forma emergencial.

Grupo que fez parte da Missão Restaur.Ação. Foto: Arquivos APlaC

O Pastor Flávio Ferreira, Diretor da Ação Solidária Adventista para Brasília e Entorno, conta que passado este primeiro momento e verificada a urgente necessidade de reconstrução, percebeu que muito ainda poderia ser feito para amenizar as dores daquela população.

Foi assim que surgiu o desafio de enviar para o Rio Grande do Sul missionários voluntários para auxiliar na limpeza, pintura e reparos elétricos em casas e igrejas. O convite foi lançado nos grupos de WhatsApp e nas mídias sociais das igrejas. Após o período de inscrição, foi feita a seleção de inscritos com habilidades específicas para atender o objetivo da missão.  

Deste modo foi formado o grupo com 31 pessoas que fizeram parte da Missão Restaur.Ação RS. Composto em sua maioria por pintores e eletricistas, eles saíram de Brasília no dia 29 de junho e retornaram no dia 12 de julho. Foram dois dias de viagem até lá, dois dias para o retornar e 10 dias para fazer transbordar o sentimento de solidariedade cristã através dos serviços realizados.

Ao todo, 17 casas e 4 igrejas foram diretamente beneficiadas com serviço de limpeza, pintura e o trabalho dos eletricistas. As ações ocorreram na cidade de São Leopoldo, mais especificamente nos bairros: Glória, Bráz e Vicentina. “É importante destacar, que vizinhos não adventistas viam o trabalho sendo realizado. Nós fomos até eles, fizemos alguns trabalhos como limpeza e pintura de muros em suas casas. Eles ficaram tão agradecidos que atenderam ao convite e no sábado pela manhã estavam na igreja”. Relata o pastor Flávio.

Para que esta ação solidaria fosse possível, a Associação Planalto Central da Igreja Adventista, arcou com todas as despesas dos missionários, com alimentação, transporte e seguro viagem, além de providenciar o lugar onde ficaram neste período.

Mas nem só vassoura, rodo, tinta e fio foram utilizados nesta missão. Manoela Lopes, coordenou a equipe que cuidou da alimentação dos missionários. Ela diz que valeu muito a pena participar, que se emocionou por saber que estava contribuindo com seu serviço, para que outros voluntários pudessem ajudar pessoas que tiveram tantos prejuízos com a enchente, principalmente os idosos. “Foi gratificante saber que de algum modo estava colaborando para poder minimizar o sofrimento deles”, disse Manoela.

Solidariedade e Conversão

Se por um lado os missionários afirmam que não esperavam encontrar um cenário ainda tão desolador no Rio Grande do Sul e nem ver a tristeza estampada no rosto das pessoas, eles também relatam como foi bom perceber que os serviços realizados, estavam devolvendo o sorriso e a esperança para aquela população.

Allisson no tanque batismal Foto: Arquivos APlaC

Iran Jesus dos Santos, pintor voluntário, descreve o período que passou nesta missão como uma das melhores experiências que já teve na vida. E olha, que o Iran já é voluntário há 30 anos e ao longo deste tempo participou de diversas ações sociais. Mas desta vez, ele tem uma razão a mais para estar plenamente satisfeito. 

Iran há 08 meses estuda a bíblia com Allison, que também é pintor e, o convidou para participar da missão. Lá no Rio Grande do Sul, Allison trabalhava na mesma equipe do pastor German Vinueza. Entre um trabalho e outro, foram ficando mais próximos e esta proximidade permitiu que German fizesse diversos apelos ao Alllison. Allisson já conhecia a Palavra de Deus através dos estudos bíblicos dados por Iran e, logo na primeira semana da missão, aceitou a Jesus como seu Salvador.

“Eu fui para a missão e na primeira casa que eu entrei eu tive uma experiência com Deus. Olhar o cenário de destruição, a pessoa começar do zero... Era uma senhora de 70 ou 80 anos e ver que ela tinha um pouco de esperança abriu uma porta grande em meu coração: vontade de me aproximar de Deus e ao chegar em Brasília, me batizar. Eu voltei decidido”. 

No dia 03 de agosto, Allisson foi batizado na Igreja Central de Arapoanga/DF, muitos missionários voluntários estiveram presentes. Dentre eles, Iran.

Veja o álbum do batismo de Allisson

Batismo Allisson Nunes

Paixão pela Missão

Ao levar esperança e renovação para as famílias afetadas pela enchente no Rio Grande do Sul, Allisson viu a sua própria vida sendo transformada: “Essa missão mudou a minha vida... Sentir a necessidade que o outro tem fez uma grande diferença em meu coração... Fazendo o bem para outra pessoa a gente é bem mais feliz, ver o sorriso no rosto de outra pessoa faz um bem danado pra gente e... aproximar as pessoas de Deus faz uma grande diferença na nossa vida”.

Muita disposição, trabalho e dedicação foi necessário para devolver um pouco de segurança e conforto àquela comunidade. Mas, o serviço voluntário se mostrou uma forma eficiente para revelar amor ao próximo e ao mesmo tempo estar mais perto de Jesus.

“O desejo do meu coração é que muitas pessoas possam conhecer o que é a missão: pregar a palavra de Deus, orar por uma pessoa aflita... Creio que se Deus me escolheu foi para pregar a Sua palavra para outras pessoas, esse é o desejo do meu coração”.   Estas palavras de Allisson Nunes reafirmam o que foi dito por Ellen White: “Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva, faz-se fonte de vida” (O Desejado de Todas as Nações, p. 195).

O pastor Flávio, explica como a Missão Restaur.Ação RS se tornou uma realidade: “Todo o projeto nasceu no coração do Pastor Jean (Presidente APlaC). Ele foi o idealizador e fez acontecer, viajou conosco no ônibus, na ida e esteve ali ao nosso lado a maior parte dos dias. Além disso, contamos com o apoio de Diego Elesbão (Tesoureiro Assistente da APlaC) na questão de logística: escolhendo a cidade e arrumando o lugar para a gente ficar lá, em São Leopoldo, sendo uma ponte com a igreja local. Além de fazer as compras, não só de alimentos, mas também dos materiais que foram utilizados nas obras. Eu fui apenas um executor, organizei e coordenei as atividades”.

Pastor Jean Abreu com o grupo de missionários. Foto: Arquivos APlaC

Flávio Ferreira sintetiza a vivência na missão e revela o desejo de ver muitas outras pessoas participando de movimentos como este: “Todos nós fomos impactados nesta missão, espero que esta experiência motive outras pessoas a participarem dos projetos missionários propostos pela Igreja”.

Veja o álbum da Missão Restaur.Ação

APlaC - Missao Restauracao 1 -3