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Mineiros recebem treinamento contra atentados em escolas

Curso “Alerta – medidas e contramedidas contra o agressor ativo” simula situações extremas no ambiente escolar


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Em caso de ataque, o protocolo ensinado ensina os colaboradores a protegerem as crianças enquanto a polícia não chega. (Foto: Danylo Duarte)

O Brasil registrou 14 casos de ataques a escolas nos últimos 20 anos, como aponta o levantamento realizado pela Administradora de Riscos da Igreja Adventista, a Adventist Risk Management (ARM) Sul-americana. Causados por um "agressor ativo", esses episódios surpreendem as pessoas, que muitas vezes não sabem como reagir a esse tipo de situação, onde normalmente os assassinos são alunos ou ex-alunos da instituição invadida. 

Preocupada com o bem-estar dos alunos, a Educação Adventista convidou os colaborados das três unidades escolares (Govenador Valadares, Ipatinga e Teófilo Otoni) para participarem do curso "Alerta-medidas e contramedidas ao agressor ativo" desenvolvido pela ARM. O treinamento se propõe a ensinar ações preventivas para que o ataque não aconteça. Todavia, caso aconteça, os servidores da instituição estarão preparados para diminuir os danos.  

Os participantes aprenderam a usar o torniquete, ferramenta usada para barrar a circulação sanguínea, em um membro que sofreu uma lesão provocando hemorragia grave. (Foto: Danylo Duarte)

As orientações foram passadas em parceira com profissionais da Polícia Civil de Brasil, no Distrito Federal, que receberam treinamentos específicos, inclusive com capacitações nos Estados Unidos. Entre os conteúdos apresentados estão iniciativas que favorecem a prevenção de ataques, dados alarmantes sobre esse tipo de atentado, técnica de evasão e defesa contra atirador ativo, cuidados e amparo pós incidente, além de recursos necessários para gestão de crise. 

"A prevenção como uma realidade é de longe a melhor opção para evitar que ataque aconteça", enfatiza Felipe Gabriel, Policial Civil do Distrito Federal. (Foto: Danylo Duarte)

O curso é composto por capacitação realista, pois "nós entendemos que investindo na prevenção capacitamos pessoas a lidarem melhor em cenários de riscos/inesperados", explica João Luiz Oliveira, Gerente de riscos e prevenção ARM SUL Americana. Para o Policial Civil, Felipe Gabriel, a Educação Adventista está a frente por se preparar. "É extremamente importante você lidar com o problema e não virar as costas para um algo que está se mostrando cada vez mais presente na nossa sociedade".  

Foram convidados a participar do treinamento o quadro completo de colaboradores. (Foto: Danylo Duarte)

Além de preparar os colaboradores para situações extremas, outros pontos foram abordados na modalidade EAD, onde conteúdos de primeiros socorros foram apresentados. Wallace dos Santos, professor na Unidade de Ipatinga colocou em prática os aprendizados. Em uma de suas aulas, seu aluno teve uma crise convulsiva e Wallace soube prestar socorro para que não houvesse complicações. Antes do curso ele não teria o preparo para lidar com essa situação, porém, por ter feito as aulas, ele se "voluntariou naturalmente para agir porque eu sabia o que fazer", enfatiza.