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Milagre na Amazônia: como uma TV quebrada levou esperança a uma família isolada

Conheça a história de uma família que encontrou esperança através de uma TV quebrada


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Deus usou uma TV quebrada para levar esperança. (Imagem gerada por Inteligência Artificial).

Quarta-feira. Minha rotina estava cheia: compromissos com servidores de internet, banco de dados, tudo da empresa. No silêncio do escritório, fui surpreendido pelo toque do celular. Era o pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Cacoal, Rondônia. Ele estava fascinado por uma história que tinha acabado de ouvir e queria, de todo jeito, que eu o acompanhasse até um sítio, 50 quilômetros distante da cidade. O objetivo? Visitar uma família que conheceu o evangelho de Jesus de uma maneira, no mínimo, incrível: por meio de uma televisão velha, queimada, achada no lixo e sintonizada com um pedaço de antena improvisada com arame. Sinceramente, era difícil acreditar. Eles moravam em um local onde, para qualquer um, seria impossível captar qualquer sinal de TV aberta.

Eu cresci em um lar cristão e sempre ouvi pregadores falando dos milagres de Jesus, mas sempre aqueles lá do passado: curas, multiplicações, ensinamentos, ressurreições. Eu mesmo já fui um pouco Tomé, questionando se milagres realmente acontecem hoje, se Deus ainda age de maneira sobrenatural. Isso mudou quando comecei a presenciar e ouvir histórias reais – com gente de verdade – que me mostraram o quanto Deus ainda se importa com milagres. Hoje, posso repetir as palavras de João: “O que meus olhos viram, minhas mãos tocaram, meus ouvidos ouviram – disso eu dou testemunho!” E dou testemunho do que vi: Deus levando sinal de TV por 70 quilômetros de floresta, chegando numa televisão encontrada no lixo, só para transformar uma família.

Depois da ligação do pastor Washington Luiz, arrumei meus equipamentos e fui até Cacoal. Lá, presenciei algo que mudou meu jeito de enxergar a fé: um milagre moderno, desses que só Deus pode fazer, na vida do senhor Benedito e de sua família.

A casa do senhor Benedito era simples, de madeira, ao lado de um riacho, debaixo das árvores da Amazônia. Ali viviam ele, a esposa e três filhos: uma moça de 18 anos e dois meninos, de 14 e 16 anos. Eles dividiam tudo: as tarefas da casa, do campo, o fogão a lenha, os utensílios mínimos, as redes penduradas para dormir, o chão batido no lugar do piso. Não havia luxos, nem cama, só o básico para sobreviver.

A história dá aquela virada quando o filho mais novo, ajudando na mudança de um fazendeiro da região, vê uma TV velha de 14 polegadas sendo jogada pela janela. Ele pede para levar pra casa, lembrando dos tempos em que a família teve televisão – mas, por falta de sinal, trocaram por uma vaca, e nunca mais assistiram nada. O menino insiste, leva a carcaça da TV pra casa e, com a esperteza do irmão, começa a luta pra consertar o aparelho.

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Usando criatividade e um prego aquecido no fogão, eles trocam um capacitor queimado por outro tirado de um rádio velho. Contra todas as apostas, a TV volta a funcionar! Agora, o próximo desafio: improvisar uma antena com fios e pedaços de alumínio achados na antiga casa do fazendeiro. Montam tudo, ligam a TV e começam a girar a antena, procurando algum canal.

É aí que entra o verdadeiro milagre. No meio do nada, no coração da Floresta Amazônica, o garoto encontra um canal: TV Novo Tempo. Logo, toda família começa a ouvir as mensagens, estudar a Bíblia e aprender mais sobre Jesus.

O senhor Benedito, tocado pelo que assistiu, resolve buscar respostas na cidade. Descobre, por indicação, uma loja com um muro pintado com o logo da TV Novo Tempo. Conta sua história ao dono da loja, senhor Ismael, que anota o nome para fazer uma visita (mas esquece o endereço). Quinze dias depois, sem receber visita, o senhor Benedito volta para cobrar. No mesmo dia, o pastor Washington me liga, e partimos para o encontro.

Depois de muito estrada, chegamos à casa do senhor Benedito. O clima era de expectativa, mas um detalhe chamou nossa atenção: justamente naquela manhã, o sinal da TV Novo Tempo tinha sumido. Coincidência? Difícil acreditar. Como um sinal UHF vindo de 70 quilômetros de distância, passando por morros e matas, chegava tão longe e, exatamente no dia da nossa chegada, parava de funcionar?

Eu vi de perto a TV quebrada, a antena improvisada, o capacitor remendado pelo garoto, tudo funcionando. Vi com meus olhos, ouvi com meus ouvidos, toquei com minhas mãos. Mesmo sendo alguém experiente com tecnologia, não havia explicação lógica. Era milagre puro! E Deus usou tudo isso para ligar aquela família à esperança – e, finalmente, nos permitir ajudá-los com uma nova TV, uma antena parabólica, cestas básicas e remédios.

Assista a história: