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Maioria das congregações adventistas tem até 100 membros

Esse é um dos dados de levantamento realizado pela Secretaria da sede sul-americana adventista e apresentado durante Concílio Anual.


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Edward Heidinger mostra tabela relacionada ao relatório contendo várias informações relacionadas a tamanho, idade e perfil das congregações da organização. (Foto: Gustavo Leighton)

Um levantamento da Secretaria Executiva da sede sul-americana adventista produziu uma ampla radiografia de 29.627 congregações adventistas localizadas em oito países sul-americanos. Um dos dados diz respeito ao tamanho médio de tais congregações: 72,2% delas possuem até 100 membros. A informação faz parte de relatório apresentado pelo pastor Edward Heidinger, secretário-executivo, durante o Concílio Anual neste domingo, 5 de novembro.

Para o pastor Heidinger, fica bastante evidente que a grande força adventista sul-americana, em termos de congregações, está nas igrejas e grupos organizados e nas que possuem maior idade. “As pequenas congregações têm sido extremamente importantes para o crescimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia”, ressaltou.

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O pastor Alijofran Brandão, que preside a Igreja Adventista em vários Estados do nordeste do Brasil, ressaltou que o relatório leva a uma reflexão sobre a necessidade de que projetos e programas sejam pensados para uma realidade de congregações menores. Nestes locais, muitos membros se desdobram para atuar em diferentes funções e ministérios, por isso se justificaria um programa adaptado a esse contexto.

Em 2022, das 29.627 congregações adventistas, 47,9% eram grupos e 52,1% igrejas organizadas. Hoje, para cada 12.140 habitantes dos oito países sul-americanos, há uma congregação adventista. Os adventistas do sétimo dia diferenciam as igrejas dos grupos organizados. Os últimos são congregações consolidadas com uma liderança ainda em formação, autonomia financeira restrita e maior dependência das instâncias administrativas. As igrejas, por outro lado, chegaram a um nível de maturidade com uma gestão mais autônoma e são congregações consolidadas.

Comparações por tamanho de congregações adventistas em oito países sul-americanos.

Perfil dos membros x congregações

Durante a apresentação foi traçada, também, uma linha do tempo entre 1997 e 2022, a fim de registrar a proporção de membros por congregação. Ou seja, quantos membros há, em média, para cada grupo ou igreja adventista na América do Sul. A relação membros/congregação ficou em 89 em 2022. Essa média historicamente já foi bem mais alta, chegando a 138 no ano de 2005.

Outra análise do relatório da Secretaria Executiva mostrou que, nas congregações de até 100 membros, o percentual de frequentes chega a 65,6%. Já nas congregações com mais de mil membros, o percentual é de 59,7%. Para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, membro frequente é aquele que assiste regularmente às reuniões da igreja de forma presencial.

O percentual de dizimistas recorrentes é de 18,4% nas congregações de até 100 membros contra 14,5% nas igrejas e grupos maiores (com mais de mil membros). Dizimista recorrente é considerada a pessoa que devolve dízimo pelo menos oito vezes por ano de foram presencial ou on-line.

Idade das congregações

Conforme Heidinger, o levantamento realizado também apresentou um cruzamento de dados referente à idade de congregações. Em relação ao tempo de existência médio das congregações adventistas sul-americanas, algumas análises mereceram atenção no relatório da Secretaria.

Pelo menos 57,6% das congregações adventistas possuem mais de 15 anos de idade. E, ao mesmo tempo, 55,9% dos membros adventistas estão nas congregações que chegaram a duas décadas de existência. Isso mostra uma presença maior de adventistas em congregações com um tempo maior de existência e que possivelmente já tenham se estruturado melhor.

A análise da relação entre tamanho das congregações e a movimentação de membros é igualmente significativa. Os dados mostram que 65,1% das entradas de membros (batismos, rebatismos e profissões de fé) se deram em congregações com mais de 15 anos de idade. Por outro lado, 72,9% das saídas (por desaparecimento e disciplina) ocorreram em congregações com o mesmo tempo (15 anos).

IDH

Desta vez, o relatório trouxe dados cruzando o tamanho e o tempo de congregações com o IDH. Trata-se do Índice de Desenvolvimento Humano que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) é um indicador internacional resumido do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. Costuma ser usado para avaliar países, mas também há avaliações em regiões menores e até cidades e bairros.

O relatório apontou que 44% das congregações adventistas estão localizadas em cidades que apresentam um IDH entre 0,551 e 0,699 (considerado um desenvolvimento humano médio de acordo com a ONU). Apenas 18,4% das congregações se situam em locais com IDH abaixo de 0,5550 (considerado desenvolvimento humano baixo) e 4% das congregações estão na faixa de regiões ou cidades com IDH acima de 0,800 (considerado desenvolvimento humano alto).

Ao final, a apresentação concluiu com a indicação aos delegados para se pensar na revitalização das pequenas congregações antigas. Além disso, o secretário-executivo destacou a necessidade de se cuidar para que os novos templos tenham uma sólida estrutura de discipulado e realizem planos claros de plantio de novas congregações de forma estratégica.  


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