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Maio Laranja é tema de palestra da Educação Adventista

O evento aconteceu na modalidade on-line e reuniu pais e servidores da instituição


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Com o objetivo de conscientizar e alertar sobre a necessidade de proteger as crianças e adolescentes contra o abuso e exploração sexual, a Educação Adventista em Mato Grosso do Sul promoveu na última quarta-feira (25), uma palestra na modalidade on-line sobre o tema.

Com a participação especial da pediatra, Adriana Santana e a juíza, Silvia Tedardi, as palestras foram direcionadas aos pais e servidores da instituição como explica o diretor da Educação Adventista para o estado, prof. Lucas Bitencourt. “O objetivo é chamar a atenção da comunidade local e escolar para a importância do envolvimento de todos na prevenção das violências sexuais contra crianças e adolescentes. Nossa missão é proteger nossos alunos de forma integral! Acredito que o sucesso no desenvolvimento acadêmico está relacionado a situações emocionais, por tanto, cabe a escola informar, cuidar e evidenciar seu propósito”, afirma.

Dados

No Brasil, entre os anos de 2017 e 2020, cerca de 180 mil crianças e adolescentes tiveram sua dignidade física – sexual violada, de acordo com balanço feito pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. Em 2021, as denúncias chegaram a alcançar a marca de 18.681 casos, o número é expressivo, mas ainda menor em relação a anos anteriores, porém este fato não significa que o crime parou de acontecer no país e avançamos no combate à exploração sexual infantil.

Em Mato Grosso do Sul, esses números são também alarmantes: em 2020, foram registradas 1.583 ocorrências de violência sexual, o que representa 186 casos por 100 mil habitantes. Todavia, quando analisada a série histórica de registros, constata-se a redução das taxas ao longo dos anos, uma vez que, no ano de 2018, o patamar atingido foi de 220,9.

Por que Maio Laranja?

Em 18 de maio de 1973, uma menina de oito anos de idade, chamada Araceli, foi sequestrada, drogada, violentada sexualmente e assassinada, em Vitória (ES). No ano de 1991, os três réus acusados de matar a menina foram absolvidos e o crime permanece impune até hoje.

A partir da mobilização de entidades, foi criado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual e Comercial de Crianças e Adolescentes. A data sugerida foi 18 de maio, dia do assassinato de Araceli que, em 2000, com a aprovação da Lei Federal 9.970/2000, tornou-se oficial em todo o território brasileiro. O símbolo da campanha é uma flor de cor laranja, remetendo aos desenhos da primeira infância, fazendo assim uma associação entre a fragilidade de uma flor com a de uma criança.

Sintomas de alerta

As crianças e adolescentes quando sofrem de abuso ou violência sexual apresentam mudanças no comportamento, tais como: medos, agressividade, mudanças de humor, tristeza, isolamento, falta de concentração na escola, entre outros.

Canais de denúncia

A população em geral pode denunciar as situações de violência para o Disque 100, DEAM, 190 (Polícia Militar) ou Conselho Tutelar de sua cidade.