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Livro missionário transforma vida de aposentado em Passo Fundo

Livro missionário transforma vida de aposentado em Passo Fundo

Exemplar do livro A Grande Esperança foi deixado em cima do muro de sua casa.


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"Eu guardo com carinho e sei que foi o Espírito Santo que guiou tudo isso”, afirma Brando.

Passo Fundo, RS... [ASN] Em uma tarde de sábado, no ano de 2012, o aposentado Jaudir Brando, 63 anos, percebeu que havia algo diferente em cima do muro da sua casa, quando estava prestes a sair. Ao chegar mais perto, viu que era um livro intitulado A Grande Esperança: viva com a certeza de que tudo vai terminar bem. O presente inesperado – coisa que ele mesmo diz que não costuma receber – lhe chamou muito a atenção, fazendo com que, logo, desse uma olhada com mais calma.

Brando sempre foi um assíduo leitor de textos da Bíblia Sagrada. Na sua casa, por influência dos familiares, haviam pelo menos duas versões do livro, embora houvesse predisposição para uma delas. Por volta de 1962, sua mãe, que não sabe ler, pediu para que o menino, então, com 8 anos, começasse a ler em voz alta, trechos das diferentes versões, com objetivo de compará-los e descobrir possíveis inconsistências ou diferenças textuais graves.

A experiência que começou nos tempos de criança e seguiu na vida adulta, o tornou, aos poucos, um estudioso da Palavra de Deus. Brando conta que, por volta de 1991, chegou até a participar de um seminário teológico ligado da denominação que frequentava. Porém, ao longo deste tempo – e de descobertas – passou a questionar alguns pontos que, até então, faziam parte da orientação religiosa que recebia na igreja, pois notou que no texto bíblico, a orientação era inversa. “Quando eu percebi isso, especificamente em relação a doutrina do sábado, e fui falar com o líder religioso sobre porque era ensinado de forma diferente daquilo que estava na Bíblia e ele disse que se tratava apenas de uma tradição da igreja de milhares de anos, mas sem provar que aquilo deveria ser feito”, conta.

A partir de constatações desta natureza, Brando resolveu, por si mesmo e de forma incessante, buscar uma denominação que fosse mais compatível com o conhecimento adquirido, inclusive, visitando e frequentado igrejas de alguns de seus amigos durante anos. Porém, o aposentado não tinha ideia de que existia uma igreja que defendia a crença nos 10 mandamentos, na íntegra.

Após se mudar do município de Caxias do Sul, onde morou durante a maior parte de sua vida, Brando passou a morar em Passo Fundo, região noroeste do Rio Grande do Sul. Foi lá que alguém deixou um exemplar do livro missionário em seu muro. Após devorar o livro, percebeu que havia um selo que indicava que o material tinha ligação com a Rede Novo Tempo de Comunicação, que, inclusive, Jaudir já tinha certo conhecimento por conta de seu filho – um assíduo ouvinte de músicas cristãs por meio de rádios desta natureza, entre elas, a Novo Tempo.

"Eu não costumo ganhar presentes, então, vi aquele livro novinho em cima do muro e resolvi pegar", conta Jaudir Brando, aposentado de 63 anos que teve a vida transformada após ler o material.

“Eu sempre gostei daquelas músicas, principalmente aquelas antigas dos Arautos do Rei, cantadas a cappella. No começo, eu só ouvia com fone de ouvido, com medo das pessoas me tacharem de crente, mas depois pensei que eu não podia esconder isso e passei a ouvir sem os fones”, relembra.

Após ler o livro, Jaudir foi em busca de uma Igreja Adventista, querendo saber mais informações sobre O Grande Conflito, material escrito por Ellen G. White que originou a versão resumida deixada em seu muro. Ele ressalta que a recepção foi importante para que permanecesse, já que estava acostumado com igrejas enormes, lotadas e com outra dinâmica de culto. “No começo, achei diferente, mas fui muito bem recebido, tanto na quarta-feira, quanto no sábado”, ressalta. Inclusive, uma das primeiras pessoas que conheceu, conseguiu o exemplar do livro da autora norte-americana, o que ajudou Brando a se aprofundar ainda mais nos estudos. Além disto, ele realizou uma série de estudos bíblicos com o pastor responsável pela igreja, na época.

O aposentado e viúvo guarda o exemplar do livro até hoje e garante que, a partir deste dia, uma nova vida começou, o que diz respeito, também, a decisão de ser batizado no ano seguinte, em 2013. “Eu guardo com carinho e sei que foi o Espírito Santo que guiou tudo isso”, destaca. Para ele, o diferencial que fez com que se interessasse pelo aprofundamento nas escrituras, foi o fato de que a literatura era totalmente de acordo com o que está descrito no livro sagrado. “Se a pessoa gosta de ler, vai ver que há textos da Bíblia e que fecha com o que a bíblia diz”, conclui. [Equipe ASN, Willian Vieira]