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Ciência

Livro apresenta evidências geológicas sobre grande extinção em massa

Obra ajuda leitor a mergulhar no universo da geologia e perceber como rochas se transformam em lentes para entender o passado e o presente.


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Infográfico que mostra estudos do autor sobre evidências da grande catástrofe. (Foto: Divulgação)

A recém-lançada obra A Grande Extinção em Massa apresenta evidências e implicações da maior tragédia ambiental da história. O livro foi escrito com uma linguagem mais científica pelo doutor em geotecnia, o geólogo Nahor Neves de Souza Júnior. E tem como público prioritário cientistas evolucionistas ateus. A ideia é que o leitor racional e exigente mergulhe no universo da geologia e perceba como as rochas podem se transformar em lentes para entender o passado e o presente, e descobrir o que os fenômenos geológicos dizem ao observador atento.

A literatura científica apresenta determinados eventos geológicos do passado que ajudam a entender o presente. Estes eventos, quando comparados aos desastres geológicos atuais como deslocamentos repentinos de placas tectônicas, movimentações catastróficas de tsunamis, erupções vulcânicas devastadoras, mortandade em massa e alterações climáticas extraordinárias, encorajam as pessoas a admitir a ideia de que “o presente é a chave do passado”.

O livro, portanto, é uma viagem (primeira e segunda seções), no espaço e no tempo, por meio da coleta de dados e da comparação de perspectivas e análise de fenômenos geológicos globais que, em curtos intervalos de tempo geológico, teriam produzido o maior desastre ambiental da história do planeta Terra.

Achados importantes

Segundo o autor, quando se observa a porção mais superficial da crosta terrestre, nas áreas continentais, é possível perceber que ela é formada por um conjunto de diferentes e imensas camadas de rochas sedimentares, vulcânicas e subvulcânicas. Muitas das camadas sedimentares contêm grande quantidade de fósseis, restos de animais ou plantas que foram rapidamente soterrados, cujos tecidos orgânicos foram mineralizados totalmente ou de forma parcial (fósseis com matéria orgânica preservada não podem ter milhões de anos).

Nessas mesmas camadas com fósseis, e rochas vulcânicas associadas (chamadas Grandes Províncias Ígneas), é possível identificar a ação de gigantescos impactos meteoríticos, cujos efeitos (crateras de impacto) se encontram por toda a superfície da Terra. “Na realidade, todas essas feições geológicas (ou geocicatrizes) constituem evidências de uma única catástrofe geológica e biológica de proporções globais – a grande extinção em massa”, afirma Souza Jr. Essas evidências científicas se harmonizam, notavelmente, com a narrativa bíblico-histórica do dilúvio de Gênesis.

Investigação das origens

A terceira seção do livro – Investigando as Origens – dedica-se a uma breve discussão sobre as lacunas do conhecimento em questões envolvendo as origens (da vida, dos fósseis, etc). Para o autor, a pesquisa científica se limita àquilo que sensorialmente é passível de ser verificado pela observação e experimentação.

Assim, tendo em vista a insuficiência do método científico no estudo dos eventos singulares e irreproduzíveis do passado, envolvendo, por exemplo a origem dos fósseis, o pesquisador utilizará, inevitavelmente, pelo menos duas fontes distintas de conhecimentos complementares. São elas: os pressupostos filosóficos (base do paradigma evolucionista das origens), ou documentos históricos fidedignos (narrativas bíblico-históricas do criacionismo).

O pesquisador e autor do livro alerta quanto ao fato de se tentar preencher as reais lacunas do conhecimento científico com pressupostos filosóficos equivocados como se fossem leis naturais. Neste caso, as evidências contrárias (legítimas e esclarecedoras) são descartadas ou omitidas, o que resulta no afastamento da realidade dos fatos, com prejuízos incalculáveis para o avanço do conhecimento científico.

Por outro lado, “documentos antigos autênticos e relatos históricos genuínos são muito importantes, pois representam componentes legítimos e imprescindíveis na complementação do conhecimento científico em pesquisas sobre as origens”, explica Nahor. Os esclarecedores e promissores resultados oriundos da associação coerente e sustentável entre conhecimento bíblico e aquele de natureza científica são exaustivamente explorados nas seções quatro e cinco do livro.

Sobre o autor

Nahor Neves de Souza Júnior é geólogo e foi professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) por 13 anos, e do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) por 24 anos. É doutor em Geotecnia pela USP. Foi coordenador do curso de Engenharia Civil da Unesp e do Unasp e diretor da sub-sede brasileira do Geoscience Research Institute.

O autor dedicou sua vida à docência universitária e pesquisas no campo da Geologia. Nos últimos 25 anos, além da divulgação no contexto da comunidade criacionista, participou de eventos em universidades públicas de todo o Brasil.

A Grande Extinção em Massa é a versão mais atualizada de seus estudos. O livro conta com mais de 140 ilustrações, fotos, gráficos e tem uma linguagem precisa, rigor técnico e empatia aos menos treinados. A literatura acaba de ser publicada pela Casa Publicadora Brasileira (CPB), com 352 páginas, divididas em cinco seções. A obra pode ser adquirida pelo site da editora.