Líderes desafiam correria diária e multiplicam Pequeno Grupo no Acre
Carlos e Antônio exercem um ministério em comunidade por meio dos Pequenos Grupos
Brasília, DF… [ASN] Dormir depois da meia-noite e acordar antes das seis horas faz parte da rotina de grande parte da população. E não é diferente para o comerciante Francisco Carlos Lucas de Magalhães, 52 anos, morador de Rio Branco, Acre. Nem para o bancário Antônio Prates, 40 anos, morador de Brasília, Distrito Federal. Mesmo assim, eles decidiram ajustar a agenda para passar mais tempo com a comunidade organizada em forma de Pequenos Grupos. Carlos e Antônio fazem parte dos mais de 73 mil pequenos grupos de oito países na América do Sul. Número que, de acordo com o líder sul-americano do projeto, Everon Donato, deve crescer em quase 10% - chegando a 80 mil até o final deste ano. Para isso, a Igreja Adventista espera alcançar mais líderes que, como Magalhães e Prates, separam tempo para cuidar de interesses do próximo. “É corrido. Cansa. Mas mesmo assim, a gente arranja tempo para trabalhar para Deus”, afirma o Magalhães com um sorriso. “Trabalhar pela pregação do evangelho neste mundo não é fácil, mas é gratificante”, enfatiza Prates.
Evangelismo no dia-a-dia
Há três anos, Carlos percebeu a necessidade de aproximar a igreja que frequenta dos moradores da cidade em que vive no Acre. “Eu percebi que a igreja precisava estar mais unida para resgatar as pessoas para Cristo. Daí, eu criei o Pequeno Grupo com o propósito de trazer as pessoas para Cristo e ao mesmo tempo fortalecer a igreja. Aqui nós estamos exercitando o reino de Deus, que é o amor”, conta. Sendo dono do próprio negócio, dividiu as atividades e horários do comércio para atender às reuniões e a outras iniciativas sociais na cidade (distribuição semanal de sopas e de frutas e verduras, visitas a hospitais, etc.). “Todo dia durmo depois da meia noite e acordo antes das seis horas da manhã. Mas não me importo. O meu trabalho é uma extensão do meu pequeno grupo e o meu pequeno grupo, a extensão do meu trabalho. O reino de Deus é algo maior do que bens”, enfatiza. Em três anos de reuniões, o grupo já cresceu e foi replicado em três novos grupos (efeito chamado de multiplicação) e hoje, recebe cerca de 45 pessoas todas as sextas-feiras. Nesta semana, passará pela quarta multiplicação. “Meu pequeno grupo deve perder em torno de um a seis membros para a multiplicação do quarto pequeno grupo”, explica Magalhães.
Antônio, por sua vez, não tem tanta flexibilidade de horários, já que precisa cumprir a carga da instituição em que trabalha. Mesmo assim, há pouco mais de um ano decidiu, com a esposa, abrir a casa para o início de um Pequeno Grupo. "Começamos com apenas uma pessoa, recém batizada. Depois, crescemos até chegar a quase 20 pessoas, entre adventistas e interessados. Nesse momento, tivemos de contar com o auxílio de um casal de líderes, pois já não conseguia desempenhar os papéis de líder e anfitrião", explica. Destas, três foram batizadas. E o grupo foi multiplicado. "Um permanece em nossa casa e estou liderando e preparando dois dos batizados. O outro segue na casa do terceiro batizado com o casal de líderes que nos ajudaram", explica Prates. Ele acredita ser possível conciliar a rotina de trabalho, esposo e pai de duas filhas desde que haja comprometimento e fé. "Toma tempo e energia. Às vezes temos frustrações e problemas. Entendo que devemos buscar o equilíbrio e sempre trabalhar em parceria de irmãos. Juntos, superamos as dificuldades, com o foco na eternidade", afirma.
Conectando vidas
Com o tema Conectando Vidas, o projeto de multiplicação deste ano tem o objetivo de formar novos líderes - não pastores - que vão ajudar na integração igreja-sociedade. “O desafio é fortalecer a vida em comunidade dentro da igreja, conquistando pessoas, atendendo às necessidades delas e usando os talentos que afloram nesses grupos”, expõe o pastor Everon Donato. E no dia 5 de agosto, cada igreja promoverá uma cerimônia para apresentar os novos líderes à comunidade. Desta vez, a celebração terá três vertentes especiais: buscar mais líderes, mais discípulos e mais ministérios. “Será uma comemoração tríplice”, almeja Donato. “Mais líderes porque precisamos de mais pessoas para multiplicar essas estruturas. Mais discípulos porque vamos desafiar a cada Pequeno Grupo a conquistar pelo menos uma alma para Deus. E mais ministérios porque pretendemos aproveitar os vários talentos dos indivíduos para oferecer o melhor à comunidade”, explica o pastor. [Equipe ASN, Aline do Valle].
Assista à matéria sobre a Multiplicação de pequenos Grupos:
Assista ao programa de capacitação para líderes que vão multiplicar Pequenos Grupos: