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Lição de solidariedade – crianças arrecadam mais de 7 toneladas de alimentos

“Acho bom você ajudar porque a fome dói” - Foi assim que o estudante Nicolas Davi Rios de Sousa, de 10 anos, aluno do 5º ano na Escola Adventista de Caxias, arrecadou cerca de mil reais. Ele enviou áudios no grupo da família no WhatsApp falando sobre...


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“Acho bom você ajudar porque a fome dói” - Foi assim que o estudante Nicolas Davi Rios de Sousa, de 10 anos, aluno do 5º ano na Escola Adventista de Caxias, arrecadou cerca de mil reais. Ele enviou áudios no grupo da família no WhatsApp falando sobre a iniciativa realizada na escola e dizendo que gostaria de ajudar as pessoas a terem o que comer.

Nicolas conseguiu a doação de mil reais em alimentos. Foto: Arquivo Pessoal

Em São Luís, a Sara Farias Souza Vitorino dos Santos, de apenas 3 anos, gravou um vídeo que foi postado nas redes sociais dos pais e enviado pelo celular. Além de falar do motivo da campanha, a Sara foi logo dizendo o número do PIX para quem quisesse contribuir também com dinheiro. As doações foram tantas que a caixa era maior que ela! Sozinha ela conseguiu R$ 400,00.

Sara conseguiu 400,00 reais em doações. Foto: Arquivo pessoal

Outras doações chegavam a todo o momento na escola, inclusive no drive Thru montado na entrada e saída das aulas.

Os pais estavam participando do drive thru. Foto: arquivo pessoal

As três escolas da capital, outras no interior, nas cidades de Caxias, Codó e Coroatá realizaram diversas iniciativas para alcançar a meta de 4 toneladas, e os resultados surpreenderam a cada dia. Mesmo com o fim da campanha, com 7 toneladas, as doações continuam chegando.

 

A campanha nacional da Educação Adventista tem como slogan “É hora de ir além do ensino” e foi uma estratégia da escola fazer os estudantes a refletirem a “volta ao normal”, pós pandemia. Está tudo normal? Eles entenderam que não, porque há muitas famílias que perderam a fonte de renda, e outras que perderam até as próprias casas. “Há reportagens mostrando comunidades que se formaram na nossa cidade porque pessoas perderam seus empregos, suas casas, e agora não têm nem o que comer. Não é longe, é perto de nós”, explica Leilson Albuquerque, diretor do Colégio Adventista de São Luís, onde estudam adolescentes entre 11 e 17 anos.

Na sexta-feira foram realizadas as distribuições. Na capital, as cestas foram distribuídas em duas comunidades carentes, 25 de Maio e São Francisco, e em Caxias na comunidade que vive e trabalha em um lixão da cidade. Instituições e outras comunidades carentes também recebem as doações na próxima semana.

As crianças entregaram as cestas na comunidade do bairro São Francisco. Foto: Marcelo Matos

As iniciativas e os resultados despertaram a atenção da mídia que fizeram reportagens na capital e no interior, destacando o ensino da empatia como fator relevante na construção de um cidadão consciente, bem como o impacto da campanha na vida de quem precisa. “Nossas escolas foram além, e por isso, mais pessoas foram atendidas, mais nossos alunos desenvolveram a empatia e mais a nossa escola foi reconhecida”, destaca o professor Marcelo Matos, diretor da rede educacional na região.

Comunidade do bairro São Francisco. Foto: Marcelo Matos

Na hora certa

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) o Maranhão é o estado com maior número de pessoas vivendo em situação de miséria.

Foram as próprias crianças que montaram e distribuíram as cestas, “Essa foi uma ação muito linda, estou muito feliz em receber essa cesta principalmente nesse período em que está tudo caro e todo mundo sofrendo”, afirmou dona Marines Mendes, dona de casa e moradora da comunidade contemplada com as cestas.

Entrega de alimentos. Foto Marcelo Matos

Arrecadação de alimentos em Codó - Ma. Foto: Arquivo Pessoal

Alunos empolgados em fazer a diferença na vida do próximo. Foto: Arquivo Pessoal

Alimentos arrecadados na escola de Codó - Ma. Foto: Arquivo Pessoal