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Após estudarem a Bíblia, detentos decidem pelo batismo

O Ministério Prisional acontece há 16 anos em Marabá-PA, mais 150 pessoas já se batizaram no presídio.


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Desde 2004 são realizadas classes bíblicas com os detentos no sul do Pará. (Foto: Josué Sousa)

O dia começou como qualquer outro para Fernando Fernandes, 24 anos, e Ramom Ramestre, 30 anos. Dentro daquela cela não se podia ver muita coisa, mas algo em especial os motivou na ultima quarta-feira de março, 27, no Presídio Masculino de Marabá, no Sul do Pará.

Após um sermão realizado dentro da penitenciaria na semana anterior, Fernandes sentiu o seu coração se abrindo para o chamado que Deus havia colocado sobre todos naquele dia. “Eu fiz um pedido para Deus: se fosse da vontade dEle, que me mostrasse se eu deveria ser batizado. Na segunda-feira ele me mostrou, na terça me revelou em sonhos e falou com um colega da cela. Eu vim de coração, quando entrei na piscina percebi que agora é outra vida, que em nome de Jesus será transformada”, diz com os olhos marejados.

Mais de 15 pessoas entregaram sua vida a Deus por meio do batismo.  (Foto: Josué Sousa)

Ramom Ramestre, assim como Fernandes, participou dos batismos realizados na penitenciária. Ele tinha apenas 18 anos, trabalhava em uma empresa terceirizada por uma mineradora multinacional. Toda vez que passava os fins de semana em casa, percebia que haviam marcas de agressão na sua mãe e irmã. Aquilo o motivou a cometer um crime, que o levou ao lugar em que está há quatro meses. “Eu tenho fé que em Deus não estou condenado. Cometi um erro e hoje quero o perdão de Deus e seguir os seus caminhos, é só isso que importa agora”, expressa Ramestre, emocionado.

Ministério Prisional

Ramon e Fernando conheceram a Deus e a Igreja Adventista do Sétimo Dia por meio do Ministério Prisional realizado desde 2004 na cidade de Marabá. Classes bíblicas são realizadas a cada semana com os detentos, fazendo com que conheçam mais sobre o amor de Cristo. Cerca de 150 pessoas já desceram as águas batismais por meio deste ministério.

O pastor fez um apelo após os batismos, em seguida mais 3 pessoas puderam ser batizadas. (Foto: Josué Sousa)

Cledenilson Nascimento, líder de evangelismo no sul do Pará, comenta que o ministério oferece um tipo de liberdade além da prisional. “Quando fui alcançado pela mensagem, vivia e desfrutava da liberdade social, em contra partida, vivia encarcerado espiritualmente. Quando entramos no presídio para falar da Salvação em Cristo, a situação é bem diferente, ali temos pessoas encarceradas duas vezes. Elas estão destituídas da liberdade social comum e vivem encarceradas espiritualmente. O mais importante é saber que quando um detento se rende aos pés de Jesus, sua liberdade começa mesmo que ele tenha que cumprir o resto de sua sentença criminal. Somente Cristo é a verdadeira liberdade para os encarcerados”, conclui Cledenilson.