Liberdade Religiosa é trabalhada em mesa redonda
O encontro foi aberto a todos que se interessam pelo tema e contou com a participação de advogados e pastores.
O Ministério de Liberdade Religiosa da Associação Planalto Central (APlaC) realizou seu primeiro encontro do ano sobre o assunto. Com o objetivo de debater o tema, aprofundar certas questões e entender que a Liberdade Religiosa é mais que um direito pessoal. Assim, o encontro aconteceu na Igreja Adventista do Sudoeste.
Pela manhã, os membros puderam aprender mais sobre o tema com o pastor Irismar Gonçalves, líder de Liberdade Religiosa da União Centro-Oeste Brasileira (UCOB). Já no período da tarde, palestras de advogados e do presidente da Associação proporcionaram momentos de conhecimento.
“Muita gente pode pensar que Liberdade Religiosa é para garantir o meu direito de adorar a Deus. Porém, ela vai além disso”, ressaltou o pastor Irismar.
“Nós temos que, através desse Ministério, com oração e luz do espírito de Deus, lutar com coragem para não só termos o direito de adorar a Deus e obedecer aos seus mandamentos, mas também de propagar o evangelho, cumprir a missão”, disse.
“E nós só podemos cumprir a missão se nós tivermos a liberdade para poder falar, professar e poder instruir os nossos filhos e ensinar outras pessoas a respeito das três mensagens angélicas, por exemplo”, explicou Irismar Gonçalves.
Não só na Igreja
Renato Domingues, líder do departamento para a Associação Planalto Central, destacou que esse é um assunto delicado e que vai muito além das igrejas, envolve educação e a sociedade como um todo.
“Nós já estávamos sonhando com esse momento, que extremamente importante para o campo, para as igrejas e os membros. É um assunto que os membros das nossas igrejas não conhecem”, explicou o pastor.
“Então, para nós, de Brasília e Entorno, é importante que os nossos membros estejam bem-informados, saibam o que é o departamento de Liberdade Religiosa e o que a gente espera deles nesse departamento, na ação, no desenvolvimento do dia a dia”, ressaltou Renato.
O departamental explicou ainda que, uma comissão será montada para escolher membros do Fórum Regional de Liberdade Religiosa. “E o nosso plano é para que, no ano que vem, tenham encontros mensais dessa comissão e tentar fazer, pelo menos, um encontro em cada região da APlaC sobre Liberdade Religiosa”, disse.
Renato Domingues, que também é departamental de Educação da Associação, explicou ainda sobre o tema fazer parte das instituições de ensino. “Nós somos uma educação confessional e precisamos respeitar o espaço da liberdade religiosa dentro das escolas”, salientou.
“Vai muito além das igrejas, envolve escola, clínicas, hospitais, corpo jurídico. O auxílio das pessoas com as dificuldades que elas enfrentam no dia a dia – com faculdades, escolas, trabalho. Então, é um departamento totalmente necessário, tanto para a igreja, quanto para as escolas, quanto para a vida das pessoas”, concluiu.
Glauber Sousa, advogado da União Centro-Oeste Brasileira (UCOB), destacou a importância de se trabalhar o tema atualmente. “Trabalhar com liberdade religiosa nos dias de hoje, tem uma palavra que define: desafio”, disse.
“Cada dia aparece uma novidade com a qual a gente tem que lidar. Então, a cada dia um novo desafio, mas como eu disse na palestra: o importante é você estar preparado e estar atento às situações, para poder garantir essa liberdade”, explicou o advogado.
Desenvolvendo advogados cristãos
Já o advogado da Associação Brasil Central (ABC) e representante da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE), doutor Arthur Albuquerque, explicou que a ANAJURE representa diversas denominações cristãs no Brasil. Um dos objetivos também é promover a liberdade religiosa, mas há vários campos de atuação. Como refugiados, apoio para instituições mantidas pela igreja, entre outros trabalhos”.
“Temos um projeto muito interessante, que é a academia ANAJURE, uma espécie de escola de formação de juristas evangélicos. Nós preparamos a nova geração de juristas, para que eles possam atuar tanto em favor das igrejas, quanto das instituições mantidas. Além da perspectiva do serviço público – para aqueles cristãos que querem influenciar certas esferas de poder com sua filosofia e sua cosmovisão cristã”, destacou o advogado.