Natal, RN... [ASN] Distribuir livros já é uma prática normal da Igreja Adventista na América do Sul. Mas o que dizer da venda de livros durante 24h sem parar, inclusive na madrugada? Foi exatamente isso que aconteceu em um projeto ousado, na cidade de Natal/RN – chamado de 24h para salvar – que envolveu cerca de 41 estudantes voluntários de diversos estados brasileiros. A iniciativa espalhou cerca de 700 livros “Viva com Esperança”, que foram “vendidos” por valores diversos, conforme a disposição financeira das pessoas que eram abordadas. Segundo o Pastor Helearte Morais, coordenador geral do projeto para seis estados do nordeste, a ação dos estudantes foi contagiante.  “É incrível a alegria e determinação dessa turma, mesmo nas altas horas da madrugada eles estão em grupos nas ruas. Sejam bares, praias, avenidas... policiais, taxistas, garotas de programa, travestis, não importa onde e com quem; eles estão lá. Orando, falando do amor de Deus e deixando literaturas”. Relata com empolgação. Todo o dinheiro arrecadado pelos jovens na venda da literatura será destinado para construção/reforma da Igreja Adventista da cidade de Pedro Velho/RN.

 

Dia do colportor     

O projeto aconteceu no sábado (25) e fez parte da comemoração do Dia do Colportor (colportagem/colportor é um ministério da Igreja Adventista que envolve trabalhadores e estudantes que dedicam meses e até anos da sua vida na venda de livros de cunho religioso, infantil e de saúde). Antes da distribuição nas ruas da cidade, um culto especial foi realizado durante a manhã de sábado na Igreja Adventista Central de Natal. Em meio a mensagens, músicas e palavras regadas a motivação e gratidão, os colportores receberam medalhas de condecoração, presentes e uma oração de consagração. O que se via eram olhos radiantes pela justa homenagem. Segundo o Pastor Tadeu Pereira, responsável pela colportagem nos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, “o que motiva essas pessoas a levarem livros de porta em porta, ou nas ruas e avenidas é a paixão por salvar e a dedicação movida por sonhos, por isso a homenagem é mais do que uma obrigação nossa”, relata.

 

No final da tarde do sábado, eles se reuniram em um culto motivacional e cheio de entusiasmo, turbinado com muita música e gritos de guerra que diziam: “Somos parte de um grupo, que tem fibra e moral, disciplina elevada, grupo assim não tem igual... 24h pra salvar!”.

A alegria de mudar vidas

Mais do que ver os 700 livros que foram “vendidos” durante as 24h., e mais do que o dinheiro arrecadado para construção de uma igreja, o que realmente alegrou esses dedicados jovens, foi a satisfação de perceber o quanto existem pessoas da vida noturna que precisam de esperança. E eles estavam lá, para orar por elas. Segundo o estudante Ângelo Gomes, voluntário no projeto, o que os impulsionou a envolverem-se em uma ação dessas na madrugada foi “a ousadia, determinação e a maturidade espiritual de cada um”, disse. Já para estudante paraense Solange Santos “tudo aconteceu pela missão, renuncia de si mesmo, e a grata satisfação de encontrar pessoas em horários que talvez jamais seriam alcançadas. Nós paramos, conversamos e deixamos a literatura adventista, que poderá fazer a diferença na vida delas”, falou com convicção. Da mesma opinião é o estudante Mauri Beringer, que ao distribuir livros a princípio relutantemente em um bar, ficou surpreso pela receptividade das pessoas – os elogios que receberam pela coragem em vista do horário e local – e a disposição de um dos frequentadores do ambiente, “que entre um gole e outro, motivou a todos que estavam presentes a adquirirem o livro que ele reconheceu como sendo da TV Novo Tempo, Tv adventista que ele já conhecia”. Falou com alegria. [Equipe ASN, Franck Oliveira]