Jovens do Um Ano em Missão lançam projeto Bancos de Esperança
Trabalho faz com que os jovens possam se envolver no compromisso com os seus semelhantes
O projeto OYiM significa One Year In Mission (um ano em missão) são jovens que abrem mão de um ano da sua vida para dedicar exclusivamente para cuidar de gente através de ações intencionais.
E em Montes Claros, este projeto tem inovado, com o objetivo de fazer a diferença nos bairros Cidade Industrial, Vitória 1 e Vitória 2.
Pastor Jackson Pires, responsável por liderar a equipe, conta que neste momento de pandemia, conseguiu identificar várias famílias com necessidade de alimentação. Explica que desta necessidade, surgiu o projeto Bancos de Esperança.
E para colocar sua ideia em prática, Jackson contou com a ajuda de José de Araújo, marceneiro com vários anos de experiência.
“Sou marceneiro, e exerço esta minha profissão em minha marcenaria no bairro Residencial Vitória, já faz alguns anos. Trabalho com MDF e Paletes e estou tirando um tempo, para ensinar os meninos do Um Ano em Missão a fazer bancos, com o objetivo de trocar por cestas básicas. Vejo a situação de muitas famílias do bairro onde moro, elas necessitam de ajuda”, relata José.
Bancos x Cestas
Pastor Jackson destaca a importância do apoio por parte do marceneiro José de Araújo. Ele também explica que através de doações de empresas e a Igreja Adventista, reúne, paletes usados para reciclar as madeiras que podem ser reutilizadas para transformá-las em bancos, que são trocados por cestas básicas.
Conta que o grupo de voluntários dedica quase 10hs por dia para separar as madeiras, lixar, colar, pregar e montar, até se transformar no produto final; Bancos de Esperança.
“Muitas famílias serão beneficiadas, mas fica um sentimento no nosso coração de que temos que nos motivar cada vez mais neste projeto. Nós voluntários, e as pessoas que farão a troca do banco de esperança por cestas, seremos os maiores beneficiados ao ver que encontramos um significado na nossa vida, que é levar esperança para quem está vivendo oprimido por essa crise” enfatiza o pastor.
Apoio da comunidade
Jackson lembra que o apoio da comunidade para a continuidade deste projeto é essencial. Observa que o projeto está a disposição da comunidade para receber doações dos materiais utilizados para fazer os bancos.
“A cada banco de esperança trocado por cestas básicas, estaremos contribuindo para que várias famílias possam sorrir e ter esperança de dias melhores", assinala.
Empatia
Miriam Rodrigues de Lima Pires, uma das voluntárias, lembra que o projeto tem grande importância para os jovens que participam, uma vez que nele, eles têm a oportunidade de desenvolver a empatia, e auxiliar algumas famílias neste período de pandemia se colocando no lugar delas.
Ressalta que esse trabalho faz com que os jovens dessa geração, possam se envolver no compromisso com os seus semelhantes, tornando esse trabalho de responsabilidades social, relevante para a comunidade.
“Todos estão em um processo de reconstrução de um novo mundo, e o medo está presente em tudo que é novo, e faz-se necessário o acolhimento em atitudes como esta. Mostra que podemos contar com o nosso próximo para superar momentos de dificuldade juntos, em casas separadas mas com propósitos ligados” assinala Miriam.
Levar esperança
Marcondes do Espírito Santo Santos, voluntário, comenta da sua alegria em participar do projeto Bancos de Esperança: “É muito bom fazer parte desse projeto, já que o objetivo do mesmo é ajudar outras pessoas nesse momento difícil em que estamos vivendo. Para mim, esse projeto não é apenas um meio de suprir necessidades materiais das pessoas, mas também um meio de levar esperança para cada uma delas”.
Para Luiz Henrique Lima Mota, participar deste projeto, “é contemplar algo que a priore é sem valor algum (paletes) se transformar em um meio valioso para suprir as necessidades dos moradores da comunidade do Vitória I e II.
“Em meio a esse episódio que estamos enfrentando foi um meio que encontramos de contribuir para atender os moradores carentes desse bairro. É um projeto que nunca havia sido desenvolvido antes, e me sinto realizado por fazer parte dos pioneiros desse trabalho”, finaliza Luiz.