Jovens aquecem a noite de moradores de rua em Juiz de Fora
Com o termômetro marcando 7ºC, todo o esforço para aquecer é bem vindo
Juiz de Fora, MG ... [ASN] Nos últimos sábados, os jovens adventistas da cidade de Juiz de Fora, Zona da Mata mineira, têm feito programas diferentes. Ao invés de reuniões sociais, estão indo para a cozinha preparar sopa para os moradores de rua. Além disso, recolheram agasalhos para doação.
Ao todo, 35 voluntários participaram da ação social. 40 refeições e 100 peças entre cobertores e roupas de frio foram distribuídos na gelada noite do dia 9 de julho. Naquele dia, os termômetros chegaram a marcar 7ºC. Segundo Tadiely Lopes, organizador do movimento, neste último sábado tinha um homem lá que estava deitado no chão com outros moradores e, quando os jovens chegaram, começou a falar de Jesus para os jovens e desabafou sua vida. Segundo o morador de rua, tinha a mudar de vida, queria ir para igreja e ama louvar a Deus. "Foi quando eu peguei o violão e ele catou alguns louvores, foi emocionante!", relata Lopes.
Além de aquecer de forma física, os voluntários também cantaram músicas, conversaram e ouviram um pouco sobre a história de cada das pessoas que, por alguma razão, estavam em situação de rua. Segundo pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora realizada em 2009, cerca de 1.000 pessoas não têm casa ou abrigo fixo no município.
"Acho que desde o dia que a gente começou a visitar estas pessoas nas ruas, um coisa coisa mudou no que pensava, sinto a vontade de estar todas as noites com eles, conhecendo eles, a gente acaba deixando o sábado a noite pra sair com os amigos ir num restaurante ou numa lanchonete ou até mesmo ficar no conforto de casa, sabe, e esquece que estas pessoas também queriam ter este conforto que eles não têm. Esta visão me trouxe o desejo de sair do meu conforto e de alguma forma levar este conforto pra eles, fez com que eu entendesse que ao sentar-se perto de uma pessoa que mora na rua, que esta pessoa tem uma história, com lutas, tristezas, dificuldades, decepções e talvez alegrias, você não imagina o que ela já passou. Por isso, devemos tratá-las como as pessoas mais importantes e não como mais uma. Por que todos temos um história e foi assim que Jesus nos olhou", declara Tadiely Lopes. [Equipe ASN, Anne Seixas]