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Jornalista voluntária abre Rádio Novo Tempo para levar esperança em Guiné-Bissau

Fabíola Ferreira e seu esposo Leonardo Schliech levam conteúdos de esperança a milhares de pessoas em Bissau. A rádio foi colocada em operação em janeiro deste ano pelo casal de missionários, a emissora fica no ar três horas diárias.


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Por Paulo Ribeiro

Fiéis recebem treinamento da jornalista Fabíola Ferreira. A comunicadora desde criança pensava em fazer faculdade de jornalismo e aliar sua profissão ao trabalho missionário. [Foto: Reprodução].

É por meio das ondas da Rádio Novo Tempo que a jornalista Fabíola Ferreira e seu esposo Leonardo Schliech levam conteúdos de esperança a milhares de pessoas em Bissau, na capital de Guiné-Bissau, África. Recém casados, a dupla da região Sul do Brasil conta que desde a época do namoro eles já tinham o desejo incomum de participar de projetos de voluntariado. 

A viagem para o País da África Ocidental ocorreu em dezembro de 2017, quando houve o patrocínio das passagens aéreas pelo Instituto Base Gênesis, mantido pela sede administrativa da Igreja Adventista em Artur Nogueira, São Paulo, que tem como propósito realizar e apoiar missões de voluntariado na capital paulista e no exterior.

O País escolhido pelo casal é um dos mais pobres do mundo, segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU). A Guiné-Bissau apresenta dezenas de problemas socioeconômicos nas áreas da educação, saúde, política e segurança pública. A maioria da população vive abaixo da linha de pobreza, com menos de 1,25 dólar por dia. A expectativa de vida é uma das menores do mundo: 46 anos.

Outro fator problemático no País é a diversidade de línguas faladas. Apesar do idioma oficial ser o português, apenas cerca de 14% da população o compreende, fator que torna ainda mais desafiador levar conteúdos via sinais radiofônicos. No entanto, a jornalista Fabíola e seu esposo, coordenam e orientam moradores locais para serem os próprios apresentadores da emissora.

Colocada em operação em janeiro deste ano pelo casal de missionários, a emissora fica no ar três horas diárias. Por conta da instabilidade política e por ser mantida por geradoras, a energia elétrica tem um alto custo no País. O sistema acústico ainda está em fase de melhorias.

Fabíola explica que os conteúdos dos programas são produzidos de acordo com as necessidades da população, por isso eles são variados. "Transmitimos programas em crioulo na área da saúde, educação, primeira infância, para as mulheres, sobre empreendedorismo e um para o estudo da Bíblia”, conta a jornalista.

Pouco mais de 5 % da população de Guiné-Bissau são cristãos, cerca de 55% muçulmanos e 45% animistas. A maioria dos cristãos estão na capital, por isso o casal também se dedica na distribuição de literaturas nas demais cidades, onde não há sinal da Rádio Novo Tempo.

"Acreditamos que com a Colportagem (distribuição de literaturas) chegaremos onde o evangelho ainda não é conhecido. Sabemos que a última coisa que falta para Jesus voltar é a pregação do evangelho", confia Fabíola.

Ainda de acordo com a voluntária, eles têm outros dois transmissores de rádio, porém não há recursos para instalação em outras regiões. Caso esses equipamentos estivessem em operação, a Guiné-Bissau teria 100 % de cobertura da emissora.

Esperança também pelas ondas televisivas 

Além de se dedicarem na rádio, os voluntários já conseguiram licença para retransmitir o sinal da  TV Novo Tempo, porém, também dependem de doações. As doações podem ser enviadas para o casal, basta entrar em contato pelo perfil da página Together In The Mission  (juntos na missão) que eles mantêm no Facebook. (Clique Aqui).

Outros profissionais voluntários em Guiné-Bissau

Durante as férias, outros profissionais se unem ao voluntariado do Instituto Base Gênesis em Guiné-Bissau. Eles são médicos, dentistas, farmacêuticos, enfermeiros, psicólogos e pastores, além dos alunos do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).

Conheça mais sobre o trabalho em Guiné-Bissau: