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Internautas são incentivados a produzir conteúdos que auxiliem outras pessoas

Digital Week reforçou o uso do ambiente digital para o evangelismo.


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Por Jefferson Paradello

Programa contou com a participação de youtubers, protagonistas das webséries e reflexões apresentadas pelo pastor Rafael Rossi (direita) - (Foto: Gustavo Leighton)

Programa contou com reflexões apresentadas pelo pastor Rafael Rossi (direita) e a participação de youtubers e protagonistas das webséries (Foto: Gustavo Leighton)

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C), divulgada em fevereiro deste ano, revelou que 116 milhões de brasileiros acessaram a internet em 2016. O número equivale a 64,7% dos habitantes do País. Dos entrevistados, 76,4% disseram ter se conectado para, além de outras finalidades, consumir conteúdos em vídeo. Quem passou mais tempo online tinha idades entre 18 e 24 anos.

De olho nesse cenário, há pouco mais de um ano a Igreja Adventista na América do Sul lançou o Feliz7Play, um agregador de vídeos que tem estabelecido pontes entre o mundo virtual e o real.  Concebido inicialmente para reunir produções audiovisuais cristãs, logo começou a criar produtos exclusivos que pudessem "dialogar" com o público.

É o caso das webséries -10: A Vida Não é Um Jogo, e Fora de Série, ambas direcionadas a adolescentes e jovens. Elas evidenciam dilemas emocionais, a dinâmica de relacionamentos e mostram, segundo os produtores, os dramas reais vividos pela geração que já nasceu conectada. Outros conteúdos que têm "conversado" com os internautas são os produzidos pelos youtubers que estão na plataforma.

Foi para se aproximar ainda mais desse público que a Igreja Adventista realizou a Digital Week, entre 19 e 21 de setembro. Transmitido ao vivo via Facebook, YouTube e Instagram, o programa foi resultado da união entre o Feliz7Play e o Evangelismo Web, que acontece anualmente para discutir métodos para que mais pessoas conheçam sobre Cristo na internet.  

Além de explorar assuntos como bullying, namoro, relacionamento com os pais e perdão, o evento apresentou o que pessoas comuns têm feito para levar uma mensagem de esperança a outras por meio da internet. E, acima de tudo, incentivar os participantes a também usarem esse recurso com o mesmo propósito.

"A comunicação está mudando de mãos", justifica Carlos Magalhães, diretor de estratégias digitais da sede sul-americana adventista. "Os influenciadores estão mudando. Antes era preciso ter autoridade para falar sobre um assunto. Hoje as pessoas estão procurando quem é igual a elas, quem tem as mesmas dores. E nós estamos buscando pessoas comuns que estão na internet e que possam inspirar quem também está lá."

Veja fotos na galeria:

Amanda Bravo é uma delas. Com a intenção de unir a vontade de vencer a timidez e a responsabilidade de falar sobre sua fé, decidiu criar um canal no YouTube para compartilhar suas reflexões e os métodos que tem adotado para tornar o estudo da Bíblia ainda mais prazeroso. O que não imaginava era que seus vídeos fariam diferença na vida de internautas.

"Quando publico, acho que ninguém vai ver. Mas quando recebo feedback, me espanto. Muitas pessoas entram em contato dizendo que precisavam ouvir aquilo", conta a publicitária, que começou a estudar a Bíblia com uma família inteira após terem visto o material produzido por ela.

Além dos números

O Feliz7Play já reúne mais de 1.400 vídeos em português e espanhol, o que equivale a aproximadamente 250 horas de conteúdo. Mais de 58 mil pessoas estão inscritas, e as visualizações de páginas ultrapassam os 4 milhões. O filme Libertos, o preço da vida, lançado neste ano, já foi visto mais de 1 milhão de vezes nos dois idiomas.

Mas para Magalhães e sua equipe, os números mais expressivos são o de pessoas beneficiadas por esses materiais e que estabelecem diálogo com a Igreja. No último episódio da primeira temporada da série -10, por exemplo, um telefone foi inserido para que os internautas pudessem conversar sobre os problemas que estavam enfrentando.

Apenas no primeiro final de semana após ir ao ar, foram recebidas mais de duas mil mensagens. Cada pessoa foi atendida por voluntários que acompanham o que chega tanto pelo WhatsApp do Feliz7Play quanto pelo chat contido no próprio site.

Em suas pesquisas para entender com quem está dialogando, Magalhães identifica que as visualizações e interações não partem apenas de adventistas. Pelo contrário: o alcance chega a públicos cristãos e não cristãos. Isso se deve, diagnostica ele, ao problema que outras denominações enfrentam: querer comunicar valores, mas sem usar o formato adequado.

"A gente tem se apropriado dessa narrativa de filmes e séries por ser um formato que eles já estão acostumados. A mensagem é a mesma, mas na internet procuramos passar de uma maneira que eles assimilem o conteúdo. Esse também é um método de pregar o evangelho", assegura.

Veja ou reveja os três episódios da Digital Week na playlist a seguir:

Para conhecer todos os conteúdos do Feliz7Play, visite: feliz7play.com