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Crianças e adolescentes alertam comunidade sobre câncer infantojuvenil

No Brasil, cerca de 13 mil casos são identificados anualmente. Diagnóstico precoce pode salvar vidas.


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A pesquisa intitulada Estimativa 2014 – Incidência do câncer no Brasil, realizada pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), constatou que 576 mil novos casos da doença devem ser diagnosticados em 2015 em todo o País. Para ajudar a diminuir esses índices, especificamente quando se trata do infantojuvenil, que atinge crianças e adolescentes com idades entre 1 e 19 anos, membros dos Clubes de Desbravadores e Aventureiros se unem ao Hospital do Câncer de Barretos para distribuir 4 milhões de folders explicativos em mais de 2 mil cidades do território nacional.

Por meio do projeto Passos que Salvam, mais de 200 mil meninos e meninas que participam dessas agremiações sairão às ruas nos dias 28 e 29 de maio para visitar escolas que ofereçam ensino desde as séries iniciais ao ensino médio para conscientizar alunos em relação aos sintomas do câncer infantojuvenil e seus tipos, como a Leucemia, Tumor de Wilms e Linfoma de Hodckin. Esta é a doença que mais mata em todo o mundo.

Já nos dias 30 e 31 de maio, os voluntários visitarão as casas para, com a campanha da Igreja Adventista que entregará exemplares do livro Viva com Esperança, que traz orientações sobre saúde preventiva e qualidade de vida, distribuir os folhetos para os pais que ainda não receberam nenhuma orientação sobre o tema.

Considerado uma das referências no tratamento da doença no mundo, o Hospital do Câncer de Barretos convive com um quadro preocupante: a maioria da população brasileira não conhece os sintomas de diversos tipos de câncer, o que acaba gerando um diagnóstico tardio e comprometendo a recuperação dos pacientes. Se os exames forem feitos precocemente, as chances de cura chegam a 90% se a doença for tratada em centros especializados.

Conscientização

Para o diretor médico da unidade infantojuvenil da instituição, doutor Luiz Fernando Lopes, os pais são grandes aliados, assim como professores e profissionais de todas as áreas, para ajudar a diagnosticar sinais da doença nas crianças e adolescentes. “Se eles souberem que alguns sinais podem ser de tumor ou câncer, isso ajudará a levá-las mais cedo para os médicos”, constata.

A parceria com os Desbravadores e Aventureiros, avalia Lopes, fará com que a informação chegue a lugares mais distantes. “Um dos diagnósticos mais tardios que temos são verificados em adolescentes. É o período em que eles não contam o que sentem para os pais, dialogam pouco”, identifica. Anualmente são contabilizados entre 12 e 13 mil casos de câncer infantil em todo o País. Já no mundo, o número chega a 250 mil. Só no ano passado, o Hospital atendeu 435 casos.

“Um pai que recebe um folheto desses de uma criança ou juvenil vai se impressionar mais do que se um adulto lhe entregar”, argumenta Udolcy Zukowski, diretor dos Desbravadores e Aventureiros para oito países da América do Sul e coordenador da iniciativa, ao se referir ao fato de que os participantes dos clubes têm a mesma faixa etária daqueles que correm o risco de ter câncer infantil.

De acordo com Zukowski, a mobilização que será feita é uma das formas de auxiliar a comunidade. “Nós estamos sempre prontos para nos envolver e ajudar nos projetos necessários. E essa é uma informação que salva”, reforça.

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Folder com orientações será distribuído em mais de 2 mil cidades brasileiras em que existem clubes de Desbravadores e Aventureiros.