Imprensa repercute ações do Quebrando o Silêncio no norte de Minas Gerais
Projeto Quebrando o Silêncio tem buscado traduzir, a partir de uma cosmovisão bíblica, a dor de milhares de pessoas em palavras.
Ações referentes ao projeto Quebrando o Silêncio aconteceram no final de semana em Montes Claros e outras cidades do norte e noroeste de Minas Gerais. Distribuição de revistas, palestras, visitas a maternidade e gestantes, foram algumas das ações realizadas.
As ações ganharam repercussão na imprensa, como no Portal de Notícias Gerais News, que dedicou um espaço significativo na divulgação do evento.
O projeto Quebrando o Silêncio aborda, em 2023, o tema da violência obstétrica com o objetivo de trazer o assunto à tona, propagando conhecimento para a prevenção e combate a essas situações.
Igrejas mobilizadas
Rozangela Carvalho, líder do Ministério da Mulher da Igreja Adventista do Sétimo Dia para o norte e noroeste de MG, explica que há mais de 20 anos, o projeto Quebrando o Silêncio tem buscado traduzir, a partir de uma cosmovisão bíblica, a dor de milhares de pessoas em palavras.
Sobre o projeto, Rozangela afirma que o mesmo é relevante, e se faz necessário, para que mulheres, crianças, idosos e grupos vulneráveis possam ser ouvidos, acolhidos, amados, mas, acima de tudo, respeitados.
“Neste ano, diante de um tema que tem recebido visibilidade e gerado preocupação por parte das autoridades e, sobretudo, das gestantes, o projeto traz para discussão a violência na maternidade. Em todo o mundo, mulheres têm enfrentado situações que se tornaram conhecidas, como a violência obstétrica, composta por práticas que vão contra o desejo das mães e que, por vezes, resultam em danos não apenas físicos, mas emocionais, tanto para a mãe quanto para o bebê”, relata Rozangela.
Relevância
Para Tatiane Beatriz, enfermeira de gestão e auditoria, a abordagem do tema "Violência Obstétrica" no projeto Quebrando o Silêncio 2023 é de extrema importância. Observa que o é pouco discutido na sociedade brasileira, “talvez por não existir uma legislação específica que dê clareza ao tema, mas que atinge diretamente as mulheres, desrespeitando a sua autonomia, ao seu corpo, aos seus processos reprodutivos, afetando diretamente a sua qualidade de vida, ocasionando traumas, abalos emocionais, depressão, entre outros”.
Convidadas
Tatiane foi um das convidadas para um roda de conversa realizada na manhã de sábado, 26 de agosto, na igreja adventista- Comunidade Morada, localizada no bairro Morada do Sol. Ressalta que através das discussões em torno do tema, foi possível trazer para a mulher uma maior reflexão sobre a importância de adotar medidas preventivas, através de maior conhecimento sobre o seu próprio corpo, seus direitos e a preservação de sua autonomia em um momento tão sonhado e importante.
“Lembrando que ao adquirir conhecimento, a parturiente e seu acompanhante contribuem de forma ativa das decisões em parceria com os profissionais de saúde para que seja garantido um parto seguro e humanizado”, assegura Tatiane.
Opinião compartilhada por Isabel Cristina de Jesus, investigadora de polícia, lotada na Delegacia Especializada no atendimento às Mulheres de Montes Claros. Ela destacou a importância do Quebrando o Silêncio: “Sempre são temas importantes. A relevância deste, em específico, foi justamente o fato de ser um assunto pouco divulgado”, comenta.
Confira sessão de fotos do projeto Quebrando o Silêncio