Igrejas Adventistas de Brasília e Entorno promovem campanha de prevenção e diagnóstico ao câncer de mama
Palestras e programas dedicados ao Outubro Rosa fizeram parte da agenda das igrejas do campo da Associação Planalto Central (APlaC).
Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Distrito Federal poderá ter 7.330 novos casos de câncer, por ano, entre 2023 e 2025. As ocorrências podem variar de 62,70% para o câncer de mama feminino.
Diante de uma realidade tão alarmante, falar sobre medidas de prevenção e diagnóstico precoce é de suma importância. Pensando nisso, a Igreja Adventista do Sétimo Dia promove, anualmente, a campanha do Outubro Rosa em suas unidades em cada região.
Além de realizar ações informativas em seus perfis oficiais nas redes sociais, como orientações de autoexame e a divulgação das ações realizadas nas igrejas.
Projeto expressivo
Nessa perspectiva, um projeto relevante e que já beneficiou mais de 1.200 mulheres diagnosticadas com o câncer de mama ganhou ainda mais notoriedade durante o Outubro Rosa.
Há 10 anos, o projeto “Doar é Amar” confecciona perucas com cabelos doados e presenteia mulheres que sofreram perda capilar devido ao tratamento da doença.
Silvia Saraiva, membro da Igreja Adventista Central de Taguatinga, desenvolveu o projeto, que cresce a cada dia.
Igrejas envolvidas
Por meio do Ministério da Mulher, as igrejas locais promoveram uma programação toda especial. Com rodas de conversas, palestras com profissionais da área da saúde e programas como o chás para elas. Assim, foi enfatizada a campanha e, ao mesmo tempo, demonstrado como o cuidado com a saúde ajuda a prevenir o câncer.
Na igreja do Areal, por exemplo, realizaram uma palestra com o tema “Outubro Rosa: Prevenção e Conscientização do Câncer de Mama”, ministrada pela enfermeira Aguida Sulidade. “Penso que as igrejas deveriam trabalhar mais sobre essas temáticas, para que os membros tenham mais contato com esses temas na igreja também”, explicou.
“Outubro Rosa, Novembro Azul, Maio Amarelo, etc. Nossos membros precisam saber que a igreja também se preocupa com a saúde mental e espiritual. Igreja também é lugar de falar se saúde”, declarou a enfermeira.
História de superação
Foi em um exame de rotina que Miriam Moreira, colaboradora do Colégio Adventista do Gama, descobriu o câncer de mama em 2008. Apesar da perda de uma das mamas, ela venceu a doença e realizou a reconstrução mamária.
“As cicatrizes ficam, mas você sabe que passou por aquilo, que é uma vencedora do câncer. Acredito que, a cicatriz é só para lembrar que você venceu”, disse em entrevista.
A importância do autoexame e da mamografia
Os especialistas são unânimes na defesa do autoexame. Procedimento realizado pelas mulheres, a fim de identificar possíveis alterações. Assim, caso a pessoa perceba alguma diferença, é recomendado que um especialista seja consultado.
Sendo assim, quanto mais cedo for detectado o câncer e início de tratamento, melhor para a paciente. Portanto, recomenda-se fazer o autoexame pelo menos uma vez por mês, preferencialmente após o ciclo menstrual, quando a mama está com um inchaço menor.
Para as mulheres que não possuem mais o ciclo menstrual, recomenda-se definir uma data fixa mensal. Mas, o importante é que não deixem de realizar o autoexame.
Contudo, o autoexame não substitui a consulta anual para as mulheres – com exames específicos para cada idade.
Dessa forma, ao promover campanhas como essa, as Igrejas promovem a conscientização sobre a doença e estimulam o cuidado com a saúde, como uma forma de prevenção.
Assim, a Igreja Adventista do Sétimo Dia cumpre sua responsabilidade ao colocar em prática sua filosofia à prevenção das doenças por meio de hábitos alimentares saudáveis, prática de exercícios físicos e, claro, a confiança em Deus.