Hospital Adventista do Pênfigo realiza primeiro transplante de córnea em sua história
Procedimento amplia o atendimento e contribui para a redução da fila de espera no estado Mato Grosso do Sul.
O Hospital Adventista do Pênfigo (HAP), em Campo Grande, realizou o primeiro transplante de córnea da unidade, marcando um avanço importante na saúde do Mato Grosso do Sul e contribuindo para a redução da fila de espera por esse procedimento no estado. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) apontam que, em uma década, o número de pacientes aguardando por transplante de córnea triplicou no Brasil, reflexo de complicações como infecções que podem causar danos irreversíveis à visão, incluindo cegueira.
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A assistente social Wladna Teixeira foi a primeira paciente a passar pelo transplante no hospital. Após contrair herpes-zóster, uma infecção que comprometeu seu olho esquerdo, levando a dores intensas e perda progressiva da visão. "Forçava a visão, sentia dores de cabeça e desmaiava. Na consulta com o especialista, ele disse que era caso de transplante", relembra.
Reduzindo a fila de espera
No Mato Grosso do Sul, mais de 400 pacientes aguardam pelo transplante de córnea, enfrentando uma espera que pode durar até dois anos, segundo o coordenador de transplantes do Hospital Adventista do Pênfigo (HAP), Fransuá Alvarenga. "Antes de 2024, apenas dois hospitais em Campo Grande realizavam esse procedimento. Identificamos a necessidade de ampliar a oferta para reduzir o tempo de espera. Passamos por todo o processo de credenciamento e, após aprovação, nos tornamos aptos a realizar transplantes de córnea", explica Alvarenga.
Com a habilitação, o HAP inaugura uma nova frente de atuação em seus 75 anos de história. "Estamos muito felizes por nos tornarmos um Centro de Transplantes. Nossa trajetória na dermatologia e no tratamento do pênfigo foliáceo agora se expande para incluir transplantes de fígado e córnea. É uma conquista que reforça nossa missão de servir a população com excelência", celebra Everton Martin, diretor do hospital.
Impacto na vida da paciente
Após mais de um ano na fila, Wladna realizou o transplante e descreve o atendimento recebido como transformador. "Fui muito bem tratada desde o início. O hospital, a equipe cirúrgica e os médicos foram excepcionais. Essa experiência não só mudou minha vida, como me despertou para a importância da doação de órgãos. É um ato que salva vidas e devolve a esperança, como devolveu a minha", emociona-se.
Uma conquista para o Sistema Único de Saúde
A oftalmologista responsável pelo procedimento, Cristiane Bernardes, destacou o impacto do novo serviço na saúde pública. "Foi um ano de preparação para adequar a estrutura e a equipe. Agora, podemos oferecer um atendimento diferenciado para pacientes do SUS, muitos dos quais aguardam na fila por até dois anos. Participar dessa 'corrente do bem' é gratificante", afirma.
Com essa nova especialidade, o Hospital Adventista do Pênfigo amplia seu papel na promoção da saúde no estado, fortalecendo sua contribuição histórica e reafirmando seu compromisso com a qualidade de vida da população.
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